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Condenado por estupro coletivo, Robinho chega ao presídio de Tremembé para cumprir pena

Ex-jogador pegou nove anos em regime fechado; crime ocorreu na Itália, em 2013, contra uma albanesa

O ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, de 40 anos, chegou a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (22). Ele vai cumprir pena de nove anos em regime fechado por estupro coletivo, a partir de uma condenação da Justiça italiana. O crime, cometido contra uma albanesa, ocorreu em 2013.

A Justiça italiana condenou o ex-atacante pelo crime de estupro coletivo, em última instância, em janeiro de 2022, e pediu ao governo brasileiro que ele cumprisse a pena. Na última quarta-feira (20), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou a solicitação. Assim, na noite de quinta-feira (21), Robinho foi preso pela Polícia Federal, em Santos, e encaminhado para o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Depois, o ex-jogador foi transferido para a Penitenciária de Tremembé, conhecida por receber presos famosos, como Alexandre Nardoni, Gil Rugai, Lindemberg Alves, Cristian Cravinhos, entre outros condenados por crimes de grande comoção.

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Assim, Robinho vai cumprir nove anos de reclusão pelo estupro coletivo cometido contra uma albanesa, em Milão, em 2013, quando ele ainda era jogador do Milan. Outros cinco homens participaram do crime em uma boate, quando a vítima estava inconsciente por causa do consumo excessivo e bebidas alcóolicas.

O brasileiro sempre negou o crime à Justiça e alega que a relação sexual foi consensual. Porém, a investigação obteve provas e áudios de conversas entre Robinho e os demais envolvidos no caso, nos quais eles confirmam que a mulher estava inconsciente e que praticaram o estupro coletivo.

Cumprimento de pena no Brasil

Após a condenação em novembro de 2017, a Justiça italiana pediu ao governo brasileiro a homologação da sentença estrangeira. O pedido foi encaminhado ao Ministério da Justiça ao Superior Tribunal de Justiça. Em janeiro de 2022, esgotaram-se as possibilidades de recurso.

Os advogados de Robinho ingressaram com um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã de quinta-feira (21), para impedir que o ex-jogador fosse preso no Brasil. Porém, o ministro Luiz Fux foi sorteado relator do pedido e negou o pedido de liminar.

Ao longo do julgamento, o pedido da Justiça italiana que o jogador cumprisse sua pena no Brasil foi deferido. No total, foram 11 votos dos ministros participantes da sessão no STJ, sendo nove a favor e dois contra. Com o documento em mãos na quinta-feira, a Justiça Federal de Santos expediu o mandado de prisão de Robinho algumas horas depois.

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