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Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá estão separados; mulher e filhos até mudaram de nome

Eles estiveram juntos em um casamento recentemente, mas não formam mais um casal, diz jornalista

Eles estão separados desde o ano passado
Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni não formam mais um casal, revela jornalista (Reprodução)

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, ambos condenados pela morte da menina Isabella Nardoni, estão separados. Recentemente eles estiveram em um casamento como padrinhos, mas não estão mais juntos desde o ano passado, quando ela obteve a progressão de pena para o regime aberto. A mulher, inclusive, retirou o sobrenome “Nardoni” dos seus documentos, assim como os dois filhos do casal.

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Conforme o jornalista Ulisses Campbell, que assina a coluna “True Crime”, no jornal “O Globo”, apesar da separação, Anna Carolina segue com a defesa totalmente custeada pela família de Alexandre. Desde que obteve a liberdade, em junho do ano passado, ela e os filhos moram em um apartamento cedido pelo ex-sogro, Antônio Nardoni, e também obtém ajuda financeira para manter os custos com alimentação, saúde e transporte.

Ainda segundo Campbell, amigos de Jatobá revelaram que, apesar da separação, a defesa decidiu manter o vínculo com a mulher para evitar que ela mude a versão do crime ou resolva contar o que realmente aconteceu no apartamento do casal 16 anos atrás. Até hoje, ela e Alexandre não confessaram o crime, apesar da condenação.

A reportagem revela que a separação do casal aconteceu, principalmente, por conta do tempo em que eles permaneceram afastados para o cumprimento da pena. Ele foi condenado a 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão e ela, a 26 anos e oito meses de prisão. No início, eles costumavam trocar cartas apaixonadas, mas aos poucos esse contato foi diminuindo.

Desde que está em regime aberto, Jatobá consta na lista de visitantes de Alexandre, que segue cumprindo pena em Tremembé. Porém, ela nunca o visitou.

No último dia 15 de março, quando o homem estava em saída temporária, os dois estiveram em um casamento como padrinhos, na Zona Norte de São Paulo. Eles obtiveram autorização judicial para estar em um evento noturno, período em que normalmente precisam estar recolhidos em casa, conforme as regras da Lei de Execução Penal. Porém, foram proibidos de fazer o consumo de bebidas alcoólicas.

Imagens da cerimônia exibidas pelo SBT e RecordTV mostraram que Anna Carolina, que teria feito uma harmonização facial recentemente, compareceu usando um vestido azul claro e cabelos com mechas loiras. Já Alexandre usava um terno, colete e gravata em azul, com a camisa branca.

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Mesmo estando lado a lado na cerimônia, os dois seguem distantes após a separação, segundo Campbell. Alexandre, inclusive, teria voltado a se relacionar com a sua primeira namorada, uma mulher chamada Patrícia, de 45 anos.

A defesa dos condenados foi procurada para comentar sobre a separação, mas informou que não comentaria a vida pessoal dos clientes.

Eles obtiveram autorização da Justiça
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram padrinhos de casamento, em São Paulo (Reprodução/RecordTV/SBT)

Mudança de nome

Quando foi condenada, os documentos constavam o nome da mulher como Anna Carolina Trota Jatobá Nardoni. Porém, no ano passado, ela foi ao cartório e mandou apagar o sobrenome famoso, voltando a usar o nome de solteira, Anna Carolina Trota Jatobá.

Conforme Campbell, os dois filhos do casal também aproveitaram para retirar o “Nardoni”, passando a usar apenas o sobrenome da mãe e com o “Alves” do pai, já que esse último é mais comum e mais difícil de relacioná-los ao caso.

Além disso, o jornalista revelou que, no processo de execução de Jatobá, há um boletim informativo, atualizado em 13 de junho de 2022, onde está escrito “solteira” no campo destinado ao estado civil. Um ano antes, no mesmo documento, estava escrito “casada”.

Anna Carolina Jatobá
Anna Carolina Jatobá está em regime aberto desde junho de 2023 (Reprodução)

Vida de luxo de Jatobá

Sentenciada a 26 anos e oito meses pela morte da enteada Isabella Nardoni, Anna Carolina Jatobá leva uma vida praticamente normal, com direito a viagens de férias e eventos sociais, desde que passou para o regime aberto.

Pelas normas, ela deveria trabalhar todos os dias, permanecer em casa entre as 20h e as 6h da manhã, e não sair aos finais de semana e feriados. Tais regras inclusive são mais rígidas para o caso já que sua ficha criminal é devida a autoria de um crime hediondo. Porém, ela já obteve algumas regalias.

No último dia dia 3 de fevereiro, ela participou da cerimônia de formatura de seu filho mais velho, de 19 anos, que aconteceu às 21h na Zona Leste de São Paulo. Para ir ao evento, ela teve uma autorização assinada pela juíza Nidea Rita Coltro Sorci, após parecer favorável do Ministério Público diante do pedido da condenada.

Na ocasião, o promotor Alfredo Mainardi Neto alegou que o pedido era devido a “uma situação excepcional e devidamente justificada” por envolver a participação da condenada na vida do filho.

Já em dezembro de 2023 ela solicitou autorização para passar as férias em um condomínio de luxo no Guarujá. Novamente alegando querer recuperar o vínculo com os filhos, os advogados entraram com o pedido de autorização para uma viagem de 30 dias, que inicialmente não foi acatado pelo Ministério Público. Apesar disso, o pedido e os argumentos foram aceitos pela Justiça e Anna Carolina passou 30 dias de férias no litoral paulista.

Já no dia 28 de fevereiro deste ano, ela também recebeu permissão para participar do velório de sua sogra, Maria Aparecida Alves Nardoni, que faleceu aos 67 anos. Na ocasião, Anna Carolina virou notícia por visitar o túmulo de Isabella Nardoni no Cemitério Parque dos Pinheiros, mesmo local em que compareceu ao sepultamento da ex-sogra.

Assim estaria Isabella Nardoni, com 19 anos, se ainda estivesse ainda
Isabella Nardoni tinha 5 anos quando foi asfixiada e jogada de prédio, em SP Reprodução

Morte de Isabella Nardoni

Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento que ficava no sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008, segundo a Justiça.

Inicialmente eles alegaram que foi uma queda acidental, mas a investigação apurou que a criança apresentava marcas de que tinha sido agredida e morta antes de ser arremessada.

O Ministério Público destacou durante o julgamento do casal que as provas periciais obtidas pela Polícia Civil não deixavam dúvidas sobre a autoria do assassinato. A acusação destacou que a madrasta esganou Isabella e, em seguida, o casal cortou a tela de proteção da janela e o pai jogou o corpo da criança.

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