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Suzane ex-Richthofen é ‘excluída’ por colegas do curso de Direito: “Alunos não aceitam, é afastada”

Condenada por matar os pais, ela chama atenção ao circular em universidade no interior de SP

Alunos ficaram chocados com a presença da assassina
Suzane ex-Richthofen cursa Direito na Universidade São Francisco, campus de Bragança Paulista, no interior de SP (Reprodução/True Crime/O Globo)

Suzane ex-Richthofen, que agora se chama Suzane Louise Magnani Muniz, de 40 anos, continua chamando atenção na Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ela retomou os estudos do curso de Direito, o mesmo que fazia na época em que foi presa pela morte dos pais. Apesar de ser discreta, ela não tem passado despercebida e estaria sendo “excluída” pelos colegas de turma.

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“Os alunos não aceitam, não conversam, ela é afastada, não se mistura. Ela fica em uma fila na sala de aula só ela”, disse uma funcionária da universidade, que não quis ser identificada, em entrevista ao jornalista Geraldo Luís, do programa “Geral do Brasil”, da RedeTV! (assista no vídeo abaixo).

Conforme a funcionária, a presença da ex-presidiária, condenada por matar os próprios pais, causa incômodo entre os estudantes da universidade. “Não era para aceitar ela. Ela faz Direito nesse prédio de baixo né. Então isso também já é uma coisa que mexeu com a cabeça de todo mundo. Porque tudo o que ela fez e ainda quer fazer Direito”, disse a mulher.

Questionada por Geraldo Luís sobre o qual o sentimento da funcionária por ter que conviver com Suzane, ela disse: Eu, sinceramente, senti raiva. Porque fez o que fez com a mãe o pai, e ainda ter o direito de estudar Direito”, disparou.

A ex-presidiária começou a frequentar as aulas em fevereiro deste ano, depois que passaram os primeiros dias e trotes. Conforme revelado pelo jornalista Ulisses Campbell, Suzane usou a boa nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingressar na instituição, quando ainda obteve uma bolsa de estudos.

Logo, fotos de Suzane na sala de aula e nos corredores começaram a circular em grupos de WhatsApp dos estudantes, que se diziam “chocados” com a presença da assassina. Campbell destacou, ainda, que Suzane seguiu evitando qualquer contato direto, ficando na maior parte do tempo mexendo no celular.

Nova vida

Suzane oficializou a união estável com o médico Felipe Zecchini Muniz no último dia 13 de dezembro. Na ocasião, a ex-presidiária aproveitou para mudar de nome, quando passou a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz.

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A mudança ocorreu em todos os documentos de Suzane, que, para não cortar todos os vínculos familiares, adotou o sobrenome da avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, que morreu aos 92 anos, em 2012. Além disso, incluiu o Muniz do companheiro.

O novo nome da ex-presidiária já consta na Certidão de Nascimento do filho, que nasceu na noite do último dia 26 de janeiro. O registro foi oficializado três dias depois, sendo que a criança recebeu o nome do pai e o sobrenome atual da mãe. Mas no campo destinado aos avós maternos do menino, constam os nomes de Marísia e Manfred von Richthofen.

Segundo Campbell, Suzane teve dois motivos fortes para mudar o sobrenome: o primeiro é tentar se desassociar de um dos crimes de maior repercussão no Brasil, o assassinato dos pais dela, ocorrido em 2002.

O segundo o fato de tentar agradar a família de Muniz, que não aceitou bem o relacionamento dele com a ex-presidiária. Com o nascimento do primeiro filho do casal, os parentes temem que a criança sofra retaliações e, assim, o novo sobrenome da mãe pode ajudar nesse disfarce.

Casal mora no interior de SP
Médico Felipe Zecchini Muniz e Suzane Richthofen se casaram e são pais de um menino (Reprodução/Redes sociais)

Desconfiança de vizinhos

Suzane virou alvo de mais uma desconfiança de vizinhos. O motivo da revolta é o atendimento psiquiátrico que a ex-presidiária obteve pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a colunista Fábia Oliveira, do “Metrópoles”, Suzane passará pelas consultas duas vezes na semana. O que revoltou os moradores foi a rapidez com que ela conseguiu o atendimento pela rede pública de saúde, já que pacientes que reclamam que esperam há meses na fila e que ela logo passou na frente.

Apesar do estranhamento da população, não há confirmação oficial sobre o período em que Suzane esperou para ser atendida pelo SUS. Ela cumpre regime aberto desde janeiro de 2023, quando incialmente passou a viver em Angatuba, também no interior paulista, e depois se mudou para Bragança Paulista.

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