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Suzane ex-Richthofen tenta reduzir pena pelo assassinato dos pais; saiba quais os argumentos

Ex-presidiária está em regime aberto desde janeiro de 2023, se tornou mãe, casou e voltou a estudar Direito

Suzane ex-Richthofen, que agora se chama Suzane Louise Magnani Muniz, de 40 anos, retomou a vida após obter a progressão para o regime aberto, em janeiro do ano passado, casou, se tornou mãe e voltou a estudar Direito. Agora, busca reduzir a pena da condenação pelo assassinato dos pais, ocorrido em outubro de 2002.

A ex-presidiária foi incialmente condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. No entanto, entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de reclusão, sendo que a previsão é que cumpra a pena no dia 25 de fevereiro de 2038.

No entanto, de acordo com o jornalista Ulisses Campbell, que assina a coluna “True Crime”, no jornal “O Globo”, Suzane busca reduzir ainda mais esse tempo. Ela entrou com um pedido de remissão de 214 dias na pena, sendo 100 deles por conta da boa nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2020. Ela obteve média de 608,42, ficando acima da nacional de 523.

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Além disso, advogada Sthefanie Guadalupe dos Santos, nova contratada por Suzane, também citou na petição o pedido de abatimento de 98 dias por por trabalhos realizados enquanto ela ainda estava na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A condenada prestou serviços na oficina de costura do presídio entre 1º de julho de 2021 e 10 de janeiro de 2023, quando estava no regime semiaberto, e, segundo a defensora, isso não foi abatido da pena por um erro da Justiça.

Por fim, a defesa pede ainda a remissão de 16 dias da pena de Suzane por conta da resenha de livros que ela fez ainda na cadeia. Ao longo de 2022, ela leu quatro obras e escreveu sobre elas, mas também não foi realizado o devido abatimento na pena.

Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), os presos têm direito a redução de quatro dias da sentença, a cada livro lido e feito a resenha.

Os livros resenhados por Suzane foram “A hora da estrela”, de Clarice Lispector; “Lua de mel em Kobone”, da jornalista Patrícia Campos Mello; “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; e “O diário de Anne Frank”, da própria Anne Frank.

Ainda não há previsão de quando o pedido da defesa da ex-presidiária será analisado pela Justiça.

Nova vida no interior

Suzane oficializou a união estável com o médico Felipe Zecchini Muniz no último dia 13 de dezembro. Na ocasião, a ex-presidiária aproveitou para mudar de nome, quando passou a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz. O casal mora em Bragança Paulista.

A mudança ocorreu em todos os documentos de Suzane, que, para não cortar todos os vínculos familiares, adotou o sobrenome da avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, que morreu aos 92 anos, em 2012. Além disso, incluiu o Muniz do companheiro.

O novo nome da ex-presidiária já consta na Certidão de Nascimento do filho, que nasceu na noite do último dia 26 de janeiro. O registro foi oficializado três dias depois, sendo que a criança recebeu o nome do pai e o sobrenome atual da mãe. Mas no campo destinado aos avós maternos do menino, constam os nomes de Marísia e Manfred von Richthofen.

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Segundo Campbell, Suzane teve dois motivos fortes para mudar o sobrenome: o primeiro é tentar se desassociar de um dos crimes de maior repercussão no Brasil, o assassinato dos pais dela, ocorrido em 2002.

O segundo o fato de tentar agradar a família de Muniz, que não aceitou bem o relacionamento dele com a ex-presidiária. Com o nascimento do primeiro filho do casal, os parentes temem que a criança sofra retaliações e, assim, o novo sobrenome da mãe pode ajudar nesse disfarce.

Recentemente, ela chamou a atenção na cidade ao ser vista na Universidade São Francisco, onde retomou o curso de Direito. Suzane usou a boa nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingressar na universidade, onde ainda obteve uma bolsa de estudos.

Fotos da ex-presidiária na sala de aula e nos corredores começaram a circular em grupos de WhatsApp dos estudantes, que se diziam “chocados” com a presença da assassina. O jornalista destacou, ainda, que Suzane seguiu evitando qualquer contato direto, ficando na maior parte do tempo mexendo no celular.

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