A internação ocorreu na noite de sábado (6). Na ocasião, o padrasto de Thais, Sérgio Alves, disse nas redes sociais que a jovem estava debilitada. “Ela teve uma intercorrência, começou a baixar muito a pressão, muita sudorese, ela teve uma pequena intercorrência e os médicos acharam melhor trazer ela para o hospital”, relatou.
Depois, na legenda de um vídeo, a mãe da jovem, Adriana, escreveu sobre o estado de saúde da filha. “Ela está bem, sem febre e sendo monitorada pela equipe médica que estão avaliando toda a situação com muito atenção e cuidado.”
Na sequência, ela agradeceu pelo suporte recebido no hospital. “Obrigada a todo equipe do Crer que nos deu todo suporte e nos atenderam de pronto”, ressaltou Adriana.
Idas e vindas ao hospital
Thais completou um ano acamada no último dia 17 de fevereiro, depois que sofreu danos cerebrais durante uma crise grave de asma. Ao longo desse período, ela teve idas e vindas ao hospital, sendo que passou mais de 70 dias em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e seguia recebendo cuidados em casa até ser novamente hospitalizada.
A família obteve a doação de um homecare particular, mas segue brigando na Justiça para que a jovem tenha o atendimento pela rede pública de saúde de Goiânia.
Porém, a prefeitura da cidade recorreu da decisão e o serviço ainda não começou a ser oferecido. Conforme a família, apesar da jovem ser acompanhada por fisioterapeuta e fonoaudiólogo, ela também precisa do atendimento de especialistas como neurologista e fisiatra. Porém, esse auxílio nunca foi realizado pela rede pública de saúde e eles foram orientados a procurar ajuda por conta própria.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou ao site G1, no início deste ano, que recorreu da decisão judicial, uma vez que Thais “não se enquadra nos critérios de atendimento”. Veja a nota na íntegra abaixo:
“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão liminar. O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer.”
Reação à pimenta
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.