A Justiça converteu em preventiva a prisão do trabalhador rural Marcos Vinicius Paulino, de 27 anos, que confessou ter assassinado a esposa, a dona de casa Tatiéle de Cássia dos Reis Gonçalves, de 37 anos, em Caconde, no interior de São Paulo. Ele, que vai responder por feminicídio, alegou que a motivação do crime foi uma mordida que a mulher deu em um dos seus dedos durante o sexo e ele não gostou.
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O homem, que foi preso em flagrante, passou pela audiência de custódia na terça-feira (16). Após ter a prisão mantida por tempo indeterminado, ele será levado para uma penitenciária. A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
O caso aconteceu na noite do último domingo (14). De acordo com a polícia, Paulino contou que manteve relações sexuais com a mulher, quando ela teria mordido um dedo da sua mão esquerda. Ele não gostou e eles encerraram o ato. Depois disso, a vítima se trocou e foi dormir.
O marido esperou e, quando ela pegou no sono, pegou uma faca na cozinha e a atacou com facadas no pescoço e tórax. Depois disso, ele deixou a casa em que moravam e se escondeu na zona rural de Caconde. Porém, na manhã de segunda-feira (15), esteve em uma base da Polícia Militar e confessou o crime.
Os agentes seguiram até o imóvel, onde já encontraram Tatiéle sem vida. Em depoimento, já na delegacia, Paulino disse que o casal não chegou a brigar após a mordida, mas ainda assim ele decidiu cometer o feminicídio. Testemunhas foram ouvidas e disseram que nunca notaram nenhum problema conjugal entre eles.
O delegado João Delfino de Souza, responsável pelo caso, disse que o marido não tinha antecedentes criminais. O homem contou os detalhes sobre o crime com bastante frieza. “Não demonstrava arrependimento, não estava muito normal a conduta dele”, disse o investigador ao G1.
O corpo de Tatiéle foi enterrado na manhã de terça-feira na cidade de Botelhos, em Minas Gerais.