O delegado que investiga o acidente no qual o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho se envolveu em acidente batendo sua porsche em um carro dirigido por um motorista de aplicativo na zona leste de São Paulo, levando-o à morte, foi afastado do caso por decisão de “superiores”.
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O motivo ainda é nebuloso. “Ninguém sabe, só cumpro ordens”, comentou Nelson Alves, que também foi transferido do 30º Distrito Policial do Tatuapé para o 81º DP, no bairro do Belém. Quem assume a investigação é o delegado Milton Borgesi.
Alves vinha recebendo críticas por seu trabalho por parte dos advogados da defesa, que chegaram a informar no processo que informações sigilosas do inquérito estavam sendo vazadas à imprensa e também por pressionar a Polícia Militar para que entregasse as imagens das câmeras corporais usadas pelos PMs que atenderam a ocorrência, segundo o delegado, imprescindíveis para confirmar se o motorista do Porsche estava realmente embriagado.
RELEMBRE O CASO
Na madrugada de 31 de março, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho bateu sua Porsche na traseira do Sandero guiado pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, que sofreu várias fraturas e morreu a caminho do hospital.
No carro, além de Fernando, estava o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, que quebrou quatro costelas e teve que passar por duas cirurgias para a retirada do baço e a colocação de drenos no pulmão,
Fernando foi retirado do local do acidente pela mãe antes de fazer o teste do bafômetro, que alegou que ele estava com cortes na boca e iria levá-lo ao hospital, mas não o fez.
Testemunhas que viram o acidente disseram que Fernando estava visivelmente embriagado, fato confirmado pelo amigo do empresário quando saiu do hospital, embora o empresário e sua namorada tenham negado que ele tivesse consumido bebida alcoólica naquela noite.
A investigação ocorre em segredo de Justiça.