A Polícia Civil segue investigando a morte da psicóloga Fabiana Maia Veras, de 42 anos, que foi encontrada dentro de casa amarrada, amordaçada e cheia de cortes, na cidade de Assú, no Rio Grande do Norte. Segundo a corporação, o principal suspeito do crime, que é servidor do Tribunal de Justiça do estado, estava em busca de informações sobre sua ex-namorada. Ele pegou o celular da vítima, com o objetivo de saber qual era a relação dela com a ex-companheira.
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“O intuito dele, tudo indica, foi buscar esse celular [da vítima], que ele trouxe para Natal e destruiu, para pegar o conteúdo, para saber qual o tipo de relacionamento que tinha com a ex-companheira dele. O intuito dele era realmente ter informações da ex através da psicóloga”, explicou o delegado Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Natal (DHPP), ao site G1.
O celular de Fabiana foi encontrado destruído na casa do servidor público, em Natal. A perícia comprovou, por meio do código de identificação, que o aparelho pertencia à vítima.
Além disso, ao ser preso, na quarta-feira (24), os policiais e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) encontraram uma bolsa com três facas, duas soqueiras e uma pistola com sangue no carro do homem. Todo esse material ainda é analisado.
O nome do suspeito não foi revelado, assim, não foi possível localizar a defesa dele até a publicação desta reportagem. O delegado ressaltou que o servidor age “com bastante frieza” e ainda não confessou envolvimento no crime.
Relembre o caso
A vítima foi encontrada sem vida na noite da última terça-feira (23), no bairro Dom Elizeu. Câmeras de segurança registraram quando ela recebeu o suspeito, por volta das 16h30 daquele dia. O homem chegou ao local encapuzado, usando máscara e luvas cirúrgicas. Ele também segurava uma maleta.
As imagens mostram que ela abriu a porta para ele, eles conversaram brevemente e logo entraram no imóvel. Não é possível ver o que aconteceu em seguida, mas, 15 minutos depois, o suspeito deixou o local.
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“Ela se espantou em relação à vestimenta, mas atendeu, levou ele, e depois a gente teve a imagem dele saindo com a mão cheia de sangue. E, com as imagens, a gente ficou sabendo do veículo que transportou ele”, afirmou o delegado Valério Kurten, que atendeu à ocorrência.
O suspeito teria contratado um carro de aplicativo para o levar de Natal até Assú, dizendo que tinha uma consulta com a psicóloga. O motorista que fez o transporte disse que recebeu R$ 500 pela viagem, mas negou qualquer envolvimento com o crime. Após ser ouvido, ele foi liberado.