A polícia encaminhou ao Ministério Público o relatório final sobre a investigação da morte de Paulo Roberto Braga, o Tio Paulo, dado como morto dentro de uma agência bancária no Rio de Janeiro quando sua sobrinha tentava sacar um empréstimo bancário em nome do idoso no valor de R$ 17 mil.
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Na conclusão da investigação, o delegado Fabio Luiz Souza, do 34º Distrito Policial de Bangu, disse que não tem dúvidas de que a sobrinha Érika Souza já sabia que o idoso estava morto quando chegou no banco.
“Não há dúvidas que Érika sabia da morte de Paulo, mas, como era a última chance de retirar o dinheiro do empréstimo, entrou com o cadáver no banco, simulou por vários minutos que ele estava vivo, chegando a fingir dar água, pegou a caneta e segurou com sua mão junto a mão do cadáver de Paulo, contudo, como os funcionários do banco não dispersaram a atenção, não pôde fazer a assinatura”, segundo o delegado.
Presa preventivamente em Bangu, Érica era investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude, mas agora também deve responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por levar o tio em “situação gritante de perigo de vida” ao banco para assinar o empréstimo, caracterizando “omissão de socorro”.
No relatório, o delegado apresenta depoimentos de testemunhas eu revelaram que a sobrinha tentou cadastrar sua própria conta bancária para receber o dinheiro do tio e que chegou a ir ao banco sozinho para tentar sacar o dinheiro.
De acordo com o delegado, as imagens gravadas dentro do banco também deixam claro que Tio Paulo “já era cadáver quando Érika o levou à agência e, principalmente, que ela sabia de tal fato, pois ele está com a cabeça caída e sem qualquer movimento, porém, logo antes de entrar ela o segura pelo pescoço para que fique com a cabeça erguida, simulando uma pessoa viva”.