A família da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos ao cair do 17º andar de um prédio, em São Paulo, continua brigando na Justiça com viúvo dela, o corretor de imóveis e preparador físico Ricardo Alexandre Mendes. Os pais querem detalhes sobre a situação da fortuna deixada pela campeã olímpica, sendo que entre os bens estão 23 imóveis e R$ 5 milhões em aplicações financeiras.
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Segundo reportagem do site UOL, Ricardo aparece como inventariante dos bens deixados por Wal. A mãe dela, Maria Aparecida, também é sócia em uma empresa da filha, mas destacou que tudo é gerido pelo genro.
“A dor de perder nossa filha é imensurável, mas depois disso veio Ricardo Mendes, que tivemos como filho, querer nos destruir. Não queremos guerra, a família só quer entender onde foi parar o patrimônio do fruto do trabalho de nossa campeã”, disse Maria Aparecida.
Segundo a reportagem, o inventário lista 23 imóveis adquiridos pela ex-jogadora de vôlei, sendo que eles apresentam movimentações de compra e venda, com valores que podem chegar a R$ 38 milhões. Além disso, Wal tinha mais R$ 5 milhões fruto de aplicações financeiras.
“O Ricardo fez com que a pessoa que administrava os negócios da Wal, antes da sua morte, fosse trocado para uma pessoa de sua confiança em 2020. A família afirma que não teve acesso a nenhuma informação da troca do profissional e que o certificado digital da dona Aparecida, e da empresa, passaram diretamente para Ricardo e os novos contadores”, destacou uma fonte, não identificada, ao site UOL.
Como a ex-jogadora de vôlei não deixou testamento, o viúvo assumiu o posto de inventariante, o que é contestado no processo pelos pais de Wal. A ação segue em andamento na Justiça, em sigilo.
Ricardo Mendes foi procurado pela reportagem e afirmou que não vai comentar o assunto. Já o advogado que o defende ressaltou que o viúvo tentou várias vezes conversar com os familiares de Wal para um “acordo amigável” e que ele “sempre respeitou e continua respeitando toda a família da ex-mulher.”
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Morte de Wal
Walewska morreu no último dia 21 de setembro de 2023, após cair do 17º andar do prédio em que morava, em São Paulo. Na época, o viúvo revelou que eles enfrentavam uma crise no casamento de 20 anos e que chegou a pedir o divórcio. Ele e Wal discutiram na noite anterior à morte dela e a mulher não estaria feliz com o fim da união.
Assim, Ricardo afirmou que foi trabalhar e, quando chegou em casa, não sabia que a mulher estava na área de lazer do prédio. Naquela data, às 18h07, ele recebeu uma mensagem de celular dela que dizia: “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”. Logo em seguida, Ricardo respondeu: “Também te amo”.
Pouco tempo depois, ele foi avisado que ela tinha caído do 17º andar. “Cheguei em casa depois de um dia intenso de trabalho, não sabia que a Wal já tinha chegado. O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei”, disse o viúvo.
A polícia informou que Wal chegou a ser vista por testemunhas, que não notaram qualquer sinal de preocupação. Ela enviou uma mensagem de celular ao marido e, poucos minutos depois, houve a queda. Ela estava ingerindo bebidas alcóolicas e estava sozinha na área de lazer do prédio.
A Polícia Civil investigou o caso como morte suspeita. Em novembro de 2023, a defesa do viúvo informou que o inquérito foi concluído como “suicídio”. Porém, a corporação não detalhou as conclusões dos trabalhos e disse que elas foram remetidas à Justiça.
Depois da morte da campeã olímpica, a família e o viúvo se desentenderam e Ricardo chegou a pedir que a ex-sogra ajudasse a pagar uma dívida referente ao financiamento de um imóvel. Depois, pediu que ela pague aluguel do apartamento em que mora atualmente, em Belo Horizonte, em Minas Gerais, que foi um presente da filha.