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Garçom revela o motivo de degolar vereador dentro de restaurante no Ceará; vídeo registrou o crime

César Araújo Veras (PDT) teve pescoço cortado e não resistiu; outras duas pessoas foram feridas e socorridas

O garçom Antônio Charlan Rocha Souza, de 34 anos, preso por um ataque que terminou com a morte do vereador César Araújo Veras (PDT), de 51 anos, na cidade de Camocim, no Ceará, revelou a motivação do crime. Segundo a Polícia Civil, o homem alegou que sofria assédio moral no local de trabalho e escolheu as vítimas para se vingar do ex-patrão, já que elas tinham alguma ligação com o alvo.

Em entrevista ao site “Metrópoles”, o delegado Eduardo Rocha contou que a investigação apreendeu o celular do garçom para tentar descobrir se ele tinha alguma motivação política para cometer o crime. Porém, chamou a atenção o histórico de pesquisas dele sobre assédio moral no ambiente de trabalho.

Assim, Souza foi confrontado e revelou que queria se vingar do patrão, Euclides Oliveira Neto, de 56 anos. “Ele [o garçom] pegou revolta pelas pessoas que frequentavam ali. Ele queria atingir o dono do estabelecimento e, para isso, atacou os frequentadores que mais tinham relação com ele”, explicou o delegado.

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O vereador era um frequentador assíduo do estabelecimento e se tornou um dos alvos do ataque, ocorrido no último dia 28 de abril. A polícia diz que ele não tinha nenhuma desavença ou relação direta com o autor do crime.

Um vídeo de câmera de segurança mostrou quando o garçom pegou uma faca e cortou o pescoço do parlamentar, que não resistiu. Na sequência, ele ainda feriu o chefe e outro cliente, identificado como Fábio Roberto de Castro, de 55 anos. Esses dois últimos foram socorridos e estão fora de perigo (veja o vídeo abaixo).

O garçom, que trabalhava há 13 anos no restaurante, fugiu após o ataque, mas foi preso no Bairro Tijuca, quando tentava deixar a cidade Camocim. De acordo com a Secretaria de Segurança do Ceará (SSPDS), ele levava a faca usada no crime, que foi apreendida e encaminhada para perícia.

Ao ser ouvido na delegacia, ele disse que viu a faca quando parou para beber água e depois teve um apagão. Ele só voltou a si quando foi parado e questionado pelos policiais sobre o crime.

Souza teve a prisão preventiva, por tempo indeterminado, decretada pela Justiça. Ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa e duas tentativas de homicídio qualificado.

Os advogados de defesa do garçom não foram encontrados para comentar o assunto. Segundo o delegado, eles pediam que o caso fosse tratado como “incidente de insanidade mental”. Porém, o investigador diz que não tem dúvidas de que Souza sabia bem o que estava fazendo.

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