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“Sonhava em ser estilista”: pai se desespera ao falar da filha assassinada e jogada em lixeira, no RJ

Sophia Ângelo, 11, sumiu ao ir para escola; vídeo a mostrou ao lado de pedreiro, que confessou crime

Suspeito é irmão da ex-madrasta de Sophia
Pai chora ao falar da filha Sophia Ângela Veloso da Silva, de 11 anos, que foi morta e jogada em lixeira, no RJ; pedreiro confessou e foi preso (Reprodução)

Paulo Sérgio da Silva, pai da menina Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, que foi achada morta em uma lixeira na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, se desesperou ao falar do crime na porta do Instituto Médico Legal (IML), onde foi para a liberação do corpo, na manhã desta quarta-feira (29). Ele chorou muito ao lembrar da filha, que sonhava em ser estilista.

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Segundo o pai, dois dias antes de sumir, a filha estava feliz com as boas notas obtidas na escola. “Ela era uma menina muito intensa, inteligência pura! O sonho dela era ser estilista. Ela chegou em casa toda orgulhosa e agradeceu pelo tempo que passei com ela, ajudando a estudar”, disse Paulo Sérgio aos jornalistas.

O pai disse que preferiu não ver o corpo da filha, pois quer manter na memória a garota em vida. Ele está inconformado com o crime e pediu a devida punição do pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, que foi preso em flagrante e confessou o crime.

“Estou destruído. O que ele fez com essa garota (...) ele não merece perdão. Todo mundo amava a minha filha. Eu estou arrasado. Arrancou uma parte de mim. Ela falava todos os dias que me amava”, lamentou o genitor.

Ela foi levada por homem que conhecia
Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, que foi achada morta em uma lixeira na Ilha do Governador, no RJ (Reprodução/Redes sociais)

Relembre o caso

Sophia desapareceu na última segunda-feira (27), quando saiu de casa para ir até a escola, em um trajeto curto e que costumava fazer com amigas. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte dentro de uma lixeira, com marcas de pelo menos 35 facadas.

Após o sumiço, os pais passaram a procurar pela filha na região e conseguiram imagens de câmeras de segurança, que mostraram a garota caminhando por uma rua ao lado de Edilson, que é irmão da ex-madrasta de Sophia.

Assim, a polícia foi até a casa dele, onde encontrou um short que a vítima usava quando sumiu. Além disso, os agentes apreenderam no local uma faca e uma chave de fenda, que estava torta e tinha sinais de sangue. O banheiro da casa também tinha sido lavado recentemente, mas a perícia identificou material biológico.

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Ao ser preso, o homem confessou que matou a menina, enrolou o corpo em uma lona e amarrou os braços e pernas com fios elétricos. Depois, o levou em um carrinho de mão até a caçamba de lixo, onde fez o descarte.

“Ele demonstrou extrema crueldade e agressividade ao desferir, aproximadamente, 35 golpes de facas contra a criança. Após o crime, ele planejou como ocultaria o corpo e decidiu dispensá-lo em uma caçamba de lixo para garantir sua impunidade pelos crimes, já que o lixo daquela caçamba seria triturado na usina do Caju e seria muito difícil a localização do corpo”, disse o delegado Felipe Santoro, em entrevista ao site G1.

O pedreiro foi autuado pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver. A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Homem foi preso e confessou o crime
Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, foi vista caminhando com Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47, e depois foi achada morta em lixeira, no RJ (Reprodução/Redes sociais)

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