A Polícia Civil procura pela jovem Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que é apontada como a principal suspeita pela morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44, em Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O corpo da vítima foi achado depois que vizinhos estranharam o cheiro que saía do apartamento, sendo que a jovem passou três dias no local após a morte. Ela segue foragida.
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Luiz Marcelo e a namorada apareceram em imagens de câmeras de segurança trocando beijos no elevador, enquanto o homem segurava um prato e uma cerveja, no último dia 17 de maio (veja abaixo). O homem não foi mais visto saindo do apartamento, enquanto Júlia seguia uma rotina normal.
No dia 20 de maio, vizinhos estranharam o cheiro forte que saía do apartamento do empresário e acionaram a polícia. Lá dentro, o corpo da vítima foi encontrado no sofá, sentado, ao lado de duas cartelas de morfina. Além disso, dois ventiladores estavam ligados no cômodo.
A perícia indicou que Luiz Marcelo tinha sido morto três dias antes de ser encontrado, já que seu corpo apresentava estado avançado de decomposição. A cena em que ele estava também levantou suspeitas de que ele tinha sido vítima de homicídio.
Testemunhas contaram que ele estava com a namorada na última vez em que foi visto e Júlia passou a ser procurada. No último dia 22, ela chegou a prestar depoimento e disse que tinha saído do apartamento do namorado, no dia 18 de maio, depois que eles brigaram. Na ocasião, ela disse que o homem estava bem e chegou a fazer café da manhã para ela.
Porém, a polícia descobriu que Júlia deixou o prédio com malas às 13h do dia 20 de maio. No dia 18, ela chegou a sair com o carro de Luiz, mas retornou sem o automóvel e permaneceu no imóvel.
“Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima com o cadáver por cerca de três a quatro dias. Lá, ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, descido para a academia, se exercitado”, disse o delegado Marcus Buss, responsável pelas investigações.
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Ajuda de cigana
A investigação descobriu que nessa saída Júlia foi ao encontro da cigana Suyane Breschak, amiga dela, que teria ficado com o carro do empresário. A mulher foi presa suspeita de ajudar a namorada a se desfazer dos bens da vítima.
O marido da cigana também foi ouvido pela polícia e contou que a namorada e a cigana armaram um plano para matar Luiz Marcelo, sendo que elas vinham dando remédios a ele já há algum tempo. O objetivo era subtrair os bens da vítima, já que Júlia teria uma dívida por conta de “trabalhos” feitos por Suyane.
Segundo a polícia, Júlia também já estaria negociando a venda do apartamento de Luiz Marcelo. A jovem foi novamente procurada, mas sumiu e agora é considerada foragida.