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Suspeita de matar empresário envenenado tinha outro namorado; ele soube que era traído ao ver caso na TV

Advogado disse que mantinha relacionamento com Júlia Pimenta, de 29 anos, há dois anos; ela permanece foragida

A jovem Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que é suspeita de matar envenenado o namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44, no Rio de Janeiro, também mantinha um relacionamento com um advogado. O homem disse à polícia que eles estavam juntos há dois anos e só soube que estava sendo traído ao ver notícias sobre o homicídio na televisão. Ela permanece foragida.

O advogado prestou depoimento na tarde de segunda-feira (3), quando revelou que ele e Júlia, inclusive, tinham planos de casar. Assim, logo deveriam ficar noivos.

O homem ressaltou que nunca desconfiou que a namorada pudesse estar se relacionando com Luiz Marcelo. Normalmente, para justificar sua ausência, ela afirmava ao advogado que tinha que fazer viagens de trabalho. Ele só soube que estava sendo enganado ao ver notícias de que ela está sendo procurada por homicídio.

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Luiz Marcelo foi achado sem vida no último dia 20 de maio. Dois dias depois, Júlia prestou depoimento em uma delegacia e deu detalhes sobre como era a convivência dos dois. Reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, mostrou trechos da oitiva da mulher, que aparentava estar bem tranquila, chegando até mesmo a sorrir.

Em um trecho do depoimento, ela disse que teve um relacionamento com o empresário entre 2013 e 2017, mas que o namoro só foi oficializado em 2023. E abril deste ano, eles teriam passado a morar juntos. A jovem disse que logo depois disso eles passaram a brigar muito e percebeu uma mudança no comportamento do namorado.

“Eu percebi que ele estava muito cansado, muito estressado. E quando ele voltava no almoço, ele apagava”, disse Júlia, que afirmou ter sido traída por Luiz Marcelo. “Aí eu vi que enquanto eu estava dormindo, ele ficava em bate-papo. Provavelmente procurando p*. Aí descobri que tinha um Instagram fake. Aí teve briga. Aí eu falei que eu queria ir embora”, afirmou ela.

Segundo a polícia, tudo indica que o empresário não tinha planos de formalizar o casamento com a jovem e estava sendo pressionado por ela.

“Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada”, explicou o delegado Marcos Buss.

Apesar da jovem ter alegado que deixou o apartamento do empresário no dia 20 de maio, quando ele ainda estava bem e chegou a fazer o café da manhã para ela, a polícia diz que nessa data o homem já estava morto.

“Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria se alimentado. Ela teria, inclusive, nós temos isso filmado, ela teria descido para academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava”, ressaltou o delegado.

Brigadeirão envenenado

A causa da morte de Luiz Marcelo ainda não foi confirmada pelos exames periciais. Os investigadores acreditam que o homem comeu um brigadeirão envenenado, sendo que no dia 17 de maio ele apareceu no elevador, ao lado de Júlia, segurando um prato coberto com um pano, que seria o doce em questão (assista abaixo).

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A suspeita sobre o envenenamento ganhou força depois que a cigana Suyane Breschak, de 28 anos, foi presa suspeita de ajudar Júlia a matar o namorado. A mulher revelou que elas são amigas há 12 anos e disse que fazia “trabalhos espirituais” para a jovem com frequência, com o objetivo que a família dela não descobrisse que ela trabalhava como garota de programa.

Após ser presa, no último dia 29, Suyane disse que a amiga teria uma dívida com ela de mais de R$ 600 mil em função desses atendimentos. Assim, Júlia planejou matar Luiz Marcelo para vender os bens e poder quitar os valores. Para isso, envenenou o doce que deu a ele.

A mulher também confessou que ajudou a namorada a sumir com alguns pertences da vítima, como o carro, que teria sido vendido por R$ 75 mil e levado para Cabo Frio.

O homem que comprou o automóvel, que é namorado da cigana, também foi preso por receptação. Ele chegou a apresentar um documento escrito à mão, que disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. O suspeito também portava o telefone celular e o computador de Luiz Marcelo.

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