O ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, afirmou que aceitou matar a vereadora para ficar rico. Em seu acordo de delação premiada, foi revelado que ele ganhava R$ 50 mil por mês com “gatonet” e barracas de lanche.
Durante o depoimento, Lessa afirmou que a situação saiu de controle e que nenhum dos envolvidos imaginava que o assassinato de Marielle Franco tomaria a proporção que tomou.
O ex-policial militar ainda disse que após a “divulgação estratosférica” do crime, que também matou o motorista Anderson Gomes, todos ficaram “preocupadíssimos”, segundo o Jornal O Globo.
Encontro com Chiquinho e Domingos Branzão foi revelado
No depoimento, o ex-PM falou sobre um encontro que teria ocorrido com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandante do assassinato, após a morte de Marielle Franco e do motorista.
Lessa chega a afirmar que os irmãos poderiam ficar calmos, já que o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, “estava vendo” como desviar as investigações.
Porém, a defesa de Chiquinho nega qualquer envolvimento na morte da vereadora e Anderson. A defesa de Domingos afirma que não há provas que sustentam a presença dele com Lessa.
A morte de Marielle Franco no Rio de Janeiro
A 5ª vereadora mais votada do Rio de Janeiro nas eleições de 2016, Marielle Franco (PSOL) morreu após ser baleada no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. O motorista do veículo também foi atingido e morreu.
Na época, a Divisão de Homicídios trabalhava com a hipótese de execução para tentar esclarecer a morte da vereadora e, segundo a Polícia Militar, criminosos emparelharam um carro ao lado do carro de Marielle e atiraram. Nada foi levado pelos bandidos, que fugiram em seguida.
O deputado estadual Marcelo Freixo, que esteve no local do crime, revelou que também acreditava em execução e lamentou a morte da amiga.