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Brigadeirão envenenado: suspeitas moeram remédio antes de colocar no doce, segundo namorado de cigana

Polícia do Rio de Janeiro afirmou ter provas suficientes de que namorada foi responsável pela morte de Luiz Marcelo Ormond.

Polícia diz que cigana é a mandante do crime
Cigana Suyane Breschak (à esquerda) e a amiga, a psicóloga Júlia Pimenta; ambas estão presas suspeitas por morte de empresário no RJ (Reprodução/Redes sociais)

Após duas semanas de investigação, a polícia do Rio de Janeiro afirma ter provas de que Júlia Pimenta, foi responsável pela morte de Luiz Marcelo Ormond, com um brigadeirão envenenado. Exames mostram que foram encontradas morfina e outras substâncias no corpo da vítima.

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Segundo os investigadores, o crime teria sido premeditado pela psicóloga e influenciado pela cigana Suyany Breschak, de 27.

Namorado viu cigana moendo remédio

Em entrevista ao Fantástico, o namorado da cigana diz ter visto as duas mulheres moendo o remédio que seria colocado no brigadeiro. “Eu não sabia que ela era capaz de fazer uma coisa dessa. De auxiliar alguém a matar outra pessoa”, disse ele ao programa.

Segundo o homem, ele disse a polícia o que viu e ouviu de uma conversa entre as duas. “Ela chegou a falar que a Julia mandou uma mensagem para ela [Suyany] assim: ‘eu vim aqui malhar e ele está lá mortinho”.

Mesmo observando uma cena suspeita, ele não procurou a polícia no dia do ocorrido.

“Eu vi a Júlia moendo remédio lá de cima da pia lá de casa. Entendeu? Esfarelando o remédio. Elas pegaram esses pozinhos do remédio que estava virando pó, colocavam tipo no saquinho de sacolé. Dava um nó, guardou”.

Morte do empresário

Luiz Marcelo foi achado sem vida no último dia 20 de maio. Dois dias depois, Júlia prestou depoimento em uma delegacia e deu detalhes sobre como era a convivência dos dois. Reportagem do Fantástico, da TV Globo, mostrou trechos da oitiva da mulher, que aparentava estar bem tranquila, chegando até mesmo a sorrir.

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Em um trecho do depoimento, ela disse que teve um relacionamento com o empresário entre 2013 e 2017, mas que o namoro só foi oficializado em 2023. E abril deste ano, eles teriam passado a morar juntos. A jovem disse que logo depois disso eles passaram a brigar muito e percebeu uma mudança no comportamento do namorado.

“Eu percebi que ele estava muito cansado, muito estressado. E quando ele voltava no almoço, ele apagava”, disse Júlia, que afirmou ter sido traída por Luiz Marcelo. “Aí eu vi que enquanto eu estava dormindo, ele ficava em bate-papo. Provavelmente procurando p*. Aí descobri que tinha um Instagram fake. Aí teve briga. Aí eu falei que eu queria ir embora”, afirmou ela.

Apesar da jovem ter alegado que deixou o apartamento do empresário no dia 20 de maio, quando ele ainda estava bem e chegou a fazer o café da manhã para ela, a polícia diz que nessa data o homem já estava morto.

“Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria se alimentado. Ela teria, inclusive, nós temos isso filmado, ela teria descido para academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava”, ressaltou o delegado.

Após prestar depoimento ela foi liberada, mas passou a ser procurada com o andamento das investigações. Após ficar sete dias foragida, ela se entregou.

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