A morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, levou a prisão de ao menos 10 pessoas que podem ter envolvimento com o caso, em específico com a seita religiosa “Pai, Mãe, Vida”, criada pela família dela. De acordo com a polícia, o grupo promovia o uso de substâncias alucinógenas, entre as quais está a cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário.
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Segundo publicado pelo O Globo, o último preso por suspeita de envolvimento com o caso foi José Máximo Silva de Oliveira, dono da clínica veterinária que supostamente fornecia a cetamina para a família. José se apresentou à polícia no último sábado, dia 08 de junho, após ter a prisão preventiva determinada pela Justiça do Amazonas. Ele chegou a ser notificado em três ocasiões prévias para prestar depoimento, mas não compareceu em nenhuma delas, justificando a determinação de sua prisão preventiva.
Além de José, foram presos: Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja); Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja); Verônica da Costa Seixas, Marlisson Vasconcelos Dantas e Claudiele Santos da Silva, funcionários do salão Belle Femme; Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja; Hatus Silveira, que se identificava como personal trainer de Djidja; dois funcionários da clínica veterinária de propriedade de José Máximo Silva de Oliveira.
Cetamina e outras substâncias
Em declaração, o delegado Cícero Túlio revelou que o grupo utilizava outras substâncias além da cetamina. Segundo ele, foi identificado o uso de potenay, chás e cogumelos nos rituais feitos pela família.
“Conseguimos aprender equipamentos, telefones, computadores e documentos referentes a esses petshops e clínicas veterinárias, e alguns produtos químicos que também era objeto da investigação, como o anabolizante potenay”.
O anabolizante em questão tem indicação de uso veterinário em bovinos e equinos, e é um mix de vitaminas e de uma metanfetamina com ação estimulante. Ele é indicado para aplicação e animais com quadros de déficit vitamínico e sistema imunológico debilitado.