Após a morte de Djidja Cardoso, investigações apuram se a morte da avó Maria Venina, de 82 anos, em junho do 2023, em Parintins, também teria sido causada por Bruno Lima, ex-namorado da ex-sinhazinha do Boi Garantido e membro da seita ‘Pai, Mãe, Vida’, segundo a polícia.
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De acordo com matéria do ‘Fantástico’, parentes de Cleusimar Cardoso e Djidja, criadoras da seita, afirmaram que elas, juntamente com Bruno, aplicaram doses de anabolizantes na idosa, algo que fazia parte do suposto ritual.
“Cleusimar fez o ritual da cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba, e deram maconha para minha avó. Para fazer medicação, para ela meditar. [...] Às 3h da manhã do dia 29 minha avó teve um AVC. Ela chamou minha tia que estava dormindo. E quando ela levantou, ela reclamou de muita dor de cabeça e ela caiu nos braços da minha tia”, disse uma mulher, que não quis se identificar, à reportagem.
Após a morte de Maria Venina, uma das irmãs de Cleusimar pede, em mensagem de áudio, que ela pare de utilizar as substâncias. “Ô Cleuse, que sirva de lição minha irmã, para de usar droga!”, dizia o áudio.
A prima também comenta que a mulher utiliza drogas e afirmava que tinha poderes de ressuscitar a mãe. Após a morte da idosa, a família denunciou o caso para a polícia como cárcere privado.
Os parentes queriam que Djidja saísse da seita e parasse de utilizar as drogas. Policiais chegaram a entrar na casa da família, contudo a ex-sinhazinha não quis sair de casa.
Membros
Entre os membros da seita, foram citados funcionários dos salões de beleza mantidos pela família e amigos próximos de Djidja e seus familiares. Em meio às investigações, funcionárias dos salões foram presas sob a suspeita de “aliciamento” de pessoas para o grupo.
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Segundo o Fantástico, os rituais eram realizados em uma casa da família e durante as sessões Ademar representava a figura de Jesus, Cleusimar de Maria, e Djidja a de Maria Madalena. As vítimas então eram induzidas a utilizar a droga sintética e obrigadas a permanecer sem roupas, banho e alimentação. Algumas pessoas teriam sofrido violências físicas e sexuais, além de relatos de cárcere privado e estupro.
A investigação chegou à seita depois que a ex-companheira de Ademar foi resgatada por seu pai e decidiu denunciá-lo por violência doméstica. O caso segue sendo investigado pelas autoridades locais ao mesmo tempo que a morte de Djidja também é apurada pela polícia.