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MEI, salário de R$ 2,5 mil e ‘short friday’: saiba como é o novo emprego de Alexandre Nardoni em SP

Condenado por matar a filha, Isabella, ele abriu um microempresa para atuar como promotor de vendas de imóveis na construtora do pai

Alexandre Nardoni, que foi condenado pelo assassinato da filha, Isabella, cumpriu uma determinação da Justiça para manter o regime aberto e apresentou informações sobre seu novo emprego. Ele tinha 90 dias, a partir da soltura, para entregar a documentação à Justiça. Ele destacou que agora presta serviços para a construtora do pai, Antonio Nardoni, e que terá remuneração mensal de R$ 2,5 mil.

Conforme o site “Metrópoles”, Alexandre abriu uma microempresa individual (MEI) e assumiu a função de promotor e vendas de imóveis na Marc Empreendimentos e Participações Ltda, com sede na Rua Doutor César, bairro de Santana. Ele vai trabalhar em formato híbrido, sendo presencial e remoto, com direito à chamada “short friday”, que configura no expediente mais curto às sextas-feiras.

O contrato apresentado à Justiça destaca que o ex-detento vai atuar na venda de apartamento novos e usados, além de realizar a “supervisão e acompanhamento de obras novas ou já finalizadas” para “eventuais correções e reparos”.

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Ainda no contrato, Anna Carolina Jatobá, esposa de Alexandre que também foi condenada pela morte de Isabella, consta como testemunha do acordo de trabalho. Ela segue cumprindo o regime aberto e consta como funcionária da construtora.

Apesar de Alexandre garantir que os dois seguem firmes no casamento, eles não dividem o mesmo teto. Atualmente, ele reside na mansão do pai situada no bairro de Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, onde passa os momentos de folga e finais de semana.

Enquanto isso, Anna Jatobá e os dois filhos do casal moram em um apartamento no bairro de Santana. Esse imóvel foi um presente do sogro para a condenada, para que ela pudesse retomar a vida após obter a progressão para o regime aberto, em junho do ano passado.

Condenações e regime aberto

Alexandre, que foi condenado a 30 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, cumpriu no último dia 6 de abril o “lapso temporal” necessário na prisão para a progressão para o regime aberto. Assim, a defesa dele entrou com um pedido de liberdade, mas a Justiça determinou que ele passasse por um exame criminológico.

O detento atendeu e passou pela análise, quando obteve parecer favorável e deixou a Penitenciária de Tremembé, no interior paulista, no último dia 6 de maio.

O Ministério Público de São Paulo se posicionou contrário à medida, argumentando o fato de que ainda falta muito para a conclusão da pena e também o fato do homem nunca ter admitido ter matado a filha. Mesmo assim, a liberdade foi concedida. Depois da soltura, o órgão recorreu, mas o caso ainda não foi analisado pela Justiça.

Já Anna Jatobá, sentenciada a 26 anos e oito meses pela morte da enteada, conseguiu a progressão para o regime aberto em junho de 2023. Desde então, ela leva uma vida praticamente normal, com direito a viagens de férias e eventos sociais.

Em março deste ano, quando Alexandre ainda estava em regime semiaberto, o casal obteve uma autorização judicial e pôde comparecer a um casamento, como padrinho, na Zona Norte de São Paulo.

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Morte de Isabella

Isabella Nardoni tinha cinco anos quando foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento que ficava no sexto andar do Edifício London, no dia 29 de março de 2008, segundo a Justiça.

Inicialmente eles alegaram que foi uma queda acidental, mas a investigação apurou que a criança apresentava marcas de que tinha sido agredida e morta antes de ser arremessada.

O Ministério Público destacou durante o julgamento do casal que as provas periciais obtidas pela Polícia Civil não deixavam dúvidas sobre a autoria do assassinato. A acusação destacou que a madrasta esganou Isabella e, em seguida, o casal cortou a tela de proteção da janela e o pai jogou o corpo da criança.

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