Rodrigo Wenderson Nunes dos Santos, de 31 anos, suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes para transmitir o vírus HIV, em Manaus, no Amazonas, voltou a ser preso na quarta-feira (12). Ele e Victor Igor dos Santos, de 21, chegaram a ser detidos em maio passado, mas acabaram sendo liberados. A polícia solicitou a prisão da dupla novamente e apenas o mais velho se apresentou. O outro segue sendo procurado.
Os suspeitos foram alvos da Operação Carimbadores, deflagrada em 10 de maio deste ano. De acordo com as investigações, eles faziam as relações sexuais desprotegidas com o objetivo de transmitir o vírus HIV. Prints de aplicativos de mensagens mostram que eles conversavam sobre os crimes.

Conforme a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), as investigações começaram há dois anos, depois que uma assistência técnica de celulares estranharam ao verem conversas entre os suspeitos.
Segundo ela, na ocasião, a investigação foi arquivada por falta de provas. Porém, em dezembro do ano passado, a Polícia Federal recebeu denúncias contra os mesmos suspeitos e o caso foi retomado. Em prints de conversas, a investigação descobriu que ambos trocavam conteúdos pornográficos de menores e faziam as relações sexuais com as vítimas sem proteção, com o intuito de transmitir o vírus HIV.
“Com o decorrer dessa investigação, poderemos identificar vítimas, uma vez que no teor dessas conversas, eles falavam a sua preferência por crianças, quanto mais nova, melhores, inclusive abordagens que poderiam ser feitos em locais públicos ou privados, inclusive em banheiros de shoppings”, ressaltou a delegada.
Ao serem presos, eles admitiram que abusavam das crianças e adolescentes, mas não confirmaram se são portadores do vírus HIV. Os dois mantinham um relacionamento homoafetivo.
A dupla seguia presa, mas, acabou solta após vencer o prazo da prisão e a polícia não pedir a renovação. Uma nova solicitação foi apresentada à Justiça na última terça-feira (11) e Rodrigo optou por se entregar. Já Victor é considerado foragido.
Ambos os homens respondem pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual na modalidade de pornografia infantil. As defesas deles não foram encontradas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

