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Mãe de Djidja Cardoso pretendia criar uma vila para participantes da seita

Durante a investigação, foi descoberto que a família comprou um terreno em Manaus para criar uma comunidade que facilitaria o uso de cetamina.

Informações divulgadas sobre o caso da morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, revelaram que a família planejava criar uma vila para os integrantes do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida” terem acesso facilitado ao uso da cetamina. Em publicação feita pelo G1, foi revelado que a mãe e o irmão de Djidja chegaram a comprar um terreno localizado na zona norte de Manaus.

Os detalhes em questão foram publicados depois que a Polícia Civil divulgou a conclusão do inquérito sobre a morte da ex-sinhazinha. Em coletiva, realizada no dia 20 de junho, foi revelado que o laudo da necropsia constatou que a morte de Djidja foi em decorrência de “depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada”.

Após a conclusão do laudo, a equipe responsável pelo caso investiga se uma possível overdose de cetamina levou ao desenvolvimento do quadro que causou a morte de Djidja. A medicação em questão é um anestésico de uso humano e veterinário e chegou a ser considerado uma droga ilícita. Sua venda só pode ser realizada com prescrição médica.

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“Comunidade”

Conforme declaração do delegado Cícero Túlio, investigações revelaram que a família da ex-sinhazinha pretendia criar uma vila para receber pessoas que participavam do grupo religioso fundado por eles. No local, pessoas viciadas em cetamina poderiam fazer o livre uso da substância.

A ideia do grupo seria criar uma “comunidade para fins de fomentar as práticas da seita na utilização desse tipo de substância”.

Diante das descobertas, a mãe e o irmão de Djidja, Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, foram indiciados por tortura com resultado de morte, tráfico de drogas e outros 12 crimes. Além deles, outras nove pessoas com envolvimento no caso foram indiciadas pela polícia.

Entre os demais envolvidos encontra-se o ex-namorado de Djidja, Bruno Rodrigues, o suposto personal trainer dela, Hatus Silveira, e funcionários da rede de salões de beleza administrada pela família. Funcionários de um petshop suspeitos de facilitar a obtenção da cetamina também estão entre os presos e indiciados no caso.

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