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Peeling de fenol: Cremesp entra com ação na Justiça Federal para pedir que Anvisa proíba venda a quem não é médico

Atualmente, o produto feito com ácido carbólico é vendido a pessoas formadas em farmácia, biomedicina e que tenham curso de esteticista.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), entrou com uma ação judicial solicitar a proibição das vendas de substâncias químicas a base de fenol para quem não for médico. Conforme publicado pelo G1, a medida foi tomada após a morte do empresário Henrique Chagas, após realizar o procedimento em uma clínica de São Paulo.

Segundo a publicação, atualmente o produto é vendido para farmacêuticos, biomédicos e esteticistas, mas o Cremesp e o Conselho Federal de Medicina (CFM) pedem que somente médicos com especialização em dermatologia sejam autorizados a executar o procedimento de peeling de fenol.

Apesar dos pedidos do Cremesp e CFM, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) e o Conselho Federal de Biomedicina (CFB) têm resoluções autorizando os profissionais destas categorias a realizar peeling químicos, incluindo o de fenol. Por conta disso, o Cremesp segue pedindo pela suspensão da venda do fenol, mas caso isso não ocorra pede ao menos que o produto não seja comercializado para quem não tiver nível superior na área da saúde.

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Relembre o caso

No dia 3 de junho, Henrique Chagas morreu após se submeter ao procedimento de peeling de fenol na clínica da influenciadora Natalia Becker, nome fantasia utilizado por Natalia Fabiana de Freitas Antonio, que possuía mais de 230 mil seguidores nas redes sociais.

Apesar de se identificar como esteticista, ela não é reconhecida pela Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco).

No momento, o caso segue sob investigação e a Polícia Civil aguarda um laudo emitido pelo Instituo Médico Legal da Polícia Técnico-Científica que irá indicar a causa da morte do empresário.

Natalia foi indiciada pela polícia por homicídio por dolo eventual, quando se assume o risco de matar, mas responde pelo crime em liberdade. Segundo ela, a morte do empresário “foi uma fatalidade”.

O Studio Natalia Becker foi fechado pela prefeitura de São Paulo após a morte do paciente por suspeita de irregularidades.

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