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Pai de cigana presa por morte de empresário é condenado por incendiar casa de ex-genro; entenda

Emílio Breschak invadiu casa do então marido da filha, Suyane, e ateou fogo; ele pegou seis anos de prisão

Caso ocorreu em 2022
Orlando Ianoviche Neto teve a casa incendiada pelo ex-sogro após terminar o relacionamento com a cigana Suyane Breschak; idoso foi condenado pela Justiça (Reprodução/IC Americana)

A Justiça condenou Emílio Breschak, de 61 anos, pai da cigana Suyane Breschak, presa suspeita de ser a mandante da morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, por ter provocado um incêndio. O alvo foi o ex-genro dele, o influenciador Orlando Ianoviche Neto, que teve o imóvel destruído pelas chamas. O idoso pegou seis anos de reclusão.

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O ataque contra o então genro ocorreu no dia 2 de outubro de 2022, quando Emílio invadiu a casa de Orlando e ateou fogo. Vizinhos perceberam as chamas e chamaram o socorro, sendo que a Polícia Militar conseguiu prender o idoso ainda no local.

Na época, Orlando, que também é cigano, afirmou que estava sendo ameaçado por ter encerrado o relacionamento conturbado com Suyane, com quem teve dois filhos, após 13 anos juntos. Com medo das represálias, o influencer contou ao site UOL que teve que se mudar às pressas para outra cidade.

“Diante das ameaças, eu saí de Sumaré [no interior de São Paulo] e tive que me mudar para garantir a segurança da minha família”, relatou Orlando, que ressaltou que perdeu vários pertences, móveis e eletrodomésticos por conta do incêndio.

A polícia realizou uma perícia na casa e constatou que o fogo foi provocado por um coquetel molotov, sendo que a investigação comprovou que ele foi jogado no imóvel por Emílio. Assim, ele foi julgado, no último dia 18 de junho, e condenado a seis anos de prisão pelo crime de incêndio doloso, previsto no artigo 250, parágrafo 1º do Código Penal, que qualifica o ato como um crime praticado com intenção de causar danos.

Na decisão, divulgada na segunda-feira (24), o juiz Leonardo Delfino ressaltou que as provas periciais não deixam dúvidas sobre o crime cometido pelo idoso.

Ao saber da decisão, Orlando demonstrou alívio. “Eu espero que justiça seja feita e que a família de Suyany pare de ameaçar testemunhas, pare de ameaçar minha mãe, pare de ameaçar minha irmã”, ressaltou ele.

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A defesa de Emílio não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Prisão de cigana

Suyane foi presa suspeita de envolvimento na morte de Luiz Marcelo Ormond, achado sem vida no último dia 20 de maio, em Engenho Novo, no Rio de Janeiro. Conforme a polícia, ela foi a mandante do crime, executado pela amiga que namorava a vítima, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que também segue detida.

Um laudo preliminar sobre as causas da morte de Luiz Marcelo apontou a presença das seguintes substâncias no corpo da vítima: Clonazepam; 7-Aminoclonazepam; cafeía e morfina. Não foi detalhada a quantidade de cada um dos itens no organismo e o relatório final segue em elaboração.

A polícia suspeita que a vítima tenha comido um brigadeirão dado por Júlia, onde teriam sido acrescentados 60 comprimidos triturados de Dimorf, que tem morfina como princípio ativo. Esse medicamento é de uso controlado e só pode ser comprado com a retenção de receita. Por coincidência ou não, Suyane toma o mesmo remédio.

Para a polícia, a cigana arquitetou o crime para que Júlia pudesse vender os bens da vítima e quitar uma dívida que tinha com ela, de cerca de R$ 600 mil, em razão de “trabalhos de amarração”. Outros dois homens suspeitos de envolvimento no caso respondem em liberdade.

Polícia diz que cigana é a mandante do crime
Cigana Suyane Breschak (à esquerda) e a amiga, a psicóloga Júlia Pimenta; ambas estão presas suspeitas por morte de empresário no RJ (Reprodução/Redes sociais)

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