O influenciador digital Igor de Oliveira Viana está sendo investigado por maus-tratos à sua filha de 2 anos, que tem paralisia cerebral. Em mensagens anexadas ao processo, ele chega a mencionar que utiliza os valores recebidos pela filha em forma de doação para comprar itens de uso pessoal. Conforme publicado pelo G1, a defesa do influenciador afirma que ele é inocente.
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Em meio as mensagens anexadas no processo pelo qual o influenciador é investigado, o homem faz diversas “piadas” com a situação da filha e afirmações de que utiliza o dinheiro das doações para uso próprio.
“Comprei um carro com o dinheiro doado para o carrinho. Quem não tem filho deficiente para explorar, tem que trabalhar”, teria escrito Igor em uma das mensagens enviadas. Em outras ocasiões, o influenciador teria afirmado que utilizaria o dinheiro das doações para contratar prostitutas no norte do país. Rapidamente, ele ainda desmentiu a alegação dizendo que era uma brincadeira.
“E eu vou usar toda a grana para comer prostitutas no nortão... Brincadeira... Calma”, escreveu Igor pouco antes de agradecer os seguidores que doaram mais de R$1 mil para a compra de uma geladeira que seria utilizada para atender às necessidades da criança.
“Minha filha não tem PIX”
Conforme a publicação, o influenciador declarou em fala ao G1 que teria o direito de utilizar parte dos valores visto que a filha não possui um PIX próprio e que o dinheiro arrecadado com as doações era inteiramente direcionado para sua conta bancária. Ele ainda chamou os doadores de “trouxas”.
“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidades a serem supridas. Também sou um ser humano”.
Além dele, Ana Vitória Alves dos Santos, mãe da menina, é investigada pela Polícia Civil. Denúncias indicam que ela teria utilizado parte do dinheiro da menina para pagar por cirurgias plásticas. Os dois são suspeitos de maus-tratos, estelionato, desvio e apropriação de proventos de pessoa deficiente, incitação à discriminação de pessoa deficiente e constrangimento de criança.