O empresário Thiago Brennand, que responde a processos por crimes sexuais, lesão corporal, tortura e cárcere privado, foi transferido para a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, mais conhecida como o “presídio dos famosos”. A medida ocorreu após um pedido feito pela defesa do detento, que já foi condenado em três processos por violência contra mulheres e pegou penas que, somadas, passam de 20 anos de prisão (relembre abaixo).
Brennand está preso desde abril de 2023, quando foi detido pela Interpol, a polícia internacional, e encaminhado ao Brasil. O empresário estava no CDP de Pinheiros 1, na capital paulista, e foi levado para Tremembé na manhã de quarta-feira (26).
Agora, ele cumprirá o período de isolamento por 10 dias, que é praxe do sistema carcerário, e depois passará a conviver com presos famosos como Gil Rugai, o ex-jogador Robinho, Fernando Sastre Filho, Cristian Cravinhos, entre outros.
Ao todo, o empresário responde a nove ações criminais, sendo que já foi condenado em três, outros dois foram encerrados após acordos com as vítimas e os demais seguem tramitando na Justiça, em sigilo.
O advogado Roberto Podval, que defende Brennand, confirmou a transferência do detento para Tremembé e disse que ela foi um pedido do próprio empresário.
Condenações
Em outubro de 2023, Brennand condenado a 10 anos e 6 meses de prisão pelo crime de estupro em regime fechado. Ele terá ainda que indenizar a vítima, uma norte-americana que vive no Brasil, em R$ 50 mil.
Segundo a mulher, ela conheceu Brennand ao tentar comprar um cavalo e foi estuprada na mansão do empresário, em um condomínio da cidade e forçada a fazer sexo anal sem consentimento, o que a levou a ter sangramentos por mais de duas semanas.
Quase um mês depois, o empresário foi condenado pelas agressões cometidas contra a modelo Helena Gomes, em agosto de 2022, em uma academia de luxo em São Paulo. Ele pegou um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, além de ter que indenizar a vítima em R$ 50 mil por danos morais.
Apesar da condenação definir o cumprimento da pena no regime semiaberto, no qual o detento pode sair para trabalhar e estudar e voltar para dormir no presídio, ele seguiu em regime fechado por conta da condenação anterior. Na decisão, o juiz também determinou o pagamento R$ 50 mil de indenização à vítima.
Já no dia 18 de janeiro deste ano, Brennand foi condenado a oito anos de prisão, em regime inicial fechado, pelo estupro contra uma massagista. A vítima contou que foi violentada ma mansão dele, em Porto Feliz, no interior paulista, após ser contratada para fazer sessões de massagem.
A mulher relatou que, ao chegar na casa, viu várias armas do empresário, foi obrigada a ir a um quarto e acabou sendo estuprada. Na sentença, a juíza Raisa Alcântara Cruvinel Schneidero, do Fórum de Porto Feliz, também determinou que Brennand deve indenizar a vítima por danos morais no valor de R$ 50 mil. A sentença ainda cabe recurso.