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Desfiles e batalhas lip sync: saiba quem é a brasileira trans que vivia na Itália e foi achada morta em MG

Gabriella Borges, 50, morava no exterior há mais de 20 anos, mas veio ao Brasil passar férias com familiares

Polícia ainda apura o crime
Gabriella da Silva Borges, de 50 anos, que morava na Itália, foi achada morta enquanto passava férias em Belo Horizonte, em MG (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil segue investigando a morte da brasileira Gabriella da Silva Borges, de 50 anos, que morava na Itália, mas estava passando férias em Belo Horizonte, em Minas Gerais. O corpo da mulher trans foi achado enrolado em um cobertor, já em estado avançado de decomposição, com sinais de enforcamento. Duas mulheres foram presas por receptação após serem encontradas com o carro da vítima, mas um homem que teria envolvimento no caso ainda é procurado.

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Amiga de Gabriella, Walkiria La Roche, que é diretora estadual de Políticas de Diversidade de Minas Gerais, contou à TV Globo que a brasileira morava há mais de 20 anos na Itália e estava há 15 dias no Brasil. Como sempre teve costume, veio passar férias com familiares e amigos. Ela pretendia ficar por três meses em Belo Horizonte.

Walkiria disse que se encontrou com a amiga pela última vez no sábado (23), quando ela comemorava o aniversário de 50 anos. “Era uma mulher alegre, linda, sorridente, comedida com a sua vida pessoal, tranquila, era muito feliz. Os amigos estão desolados, as pessoas estão sem acreditar, assim como eu”, relatou.

Segundo a amiga, a mulher era conhecida no meio artístico como Gabi Campbel e costumava participar de desfiles e batalhas de lip sync, que são as performances de sincronia labial, tanto no Brasil, quanto na Europa. Ela também era apaixonada por acessórios, em especial por laces, que são as perucas mais realistas.

Ainda de acordo com Walkiria, além do carro, outros pertences de Gabriella foram levados do apartamento. Por isso, a família suspeita que ela tenha sido vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

O caso segue em investigação na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Belo Horizonte para descobrir qual foi a motivação do crime e quem são os envolvidos. Os laudos com as causas da morte devem sair em até 30 dias.

Relembre o caso

O corpo de Gabriella foi encontrado em um apartamento no bairro Santo André, enrolado em um cobertor, já em estado avançado de decomposição, na noite da última quarta-feira (26). O síndico do prédio acionou a Polícia Militar, em função do forte odor que saía do imóvel. Os agentes precisaram arrombar a porta e, lá dentro, encontraram a vítima em cima de uma cama.

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A perícia da Polícia Civil foi acionada e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), que fará exames necropsiais que devem atestar as causas da morte, mas os peritos disseram que ela tinha sinais de enforcamento.

O carro da vítima não estava na garagem do prédio e, por meio do rastreador, a polícia descobriu que ele estava circulando pelo bairro Aparecida. Os agentes foram ao local e encontraram o veículo, com duas mulheres de 18 e 20 anos.

Ao serem abordadas, elas disseram que o carro era de um amigo e que estavam levando o veículo para ele em uma festa. Ambas foram presas por receptação e o suspeito ainda é procurado.

Ela era uma mulher trans
Gabriella da Silva Borges, de 50 anos, que morava na Itália, foi achada morta enquanto passava férias em Belo Horizonte, em MG (Reprodução/Redes sociais)

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