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Caso Porsche: testemunhas afirmam que familiares do motorista tiraram garrafas de bebida de dentro do carro

Um novo inquérito foi aberto pelos policiais para verificar a suspeita de fraude processual após testemunhas relatarem a possível ação dos familiares.

Ele virou réu e está cumprindo prisão preventiva
Empresário Fernando Sastre, 24, apareceu em vídeo falando com a voz pastosa antes de acidente que matou motorista de app, em SP (Reprodução/SBT News)

Um novo inquérito foi aberto a pedido da Justiça de São Paulo para averiguar se familiares de Fernando Sastre de Andrade Filho interferiram na investigação do caso. O empresário está preso após ser acusado de beber, conduzir um Porsche a mais de 100 km/h e causar um acidente de trânsito que deixou um morto e um ferido.

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Conforme publicado pelo G1, a nova investigação foi solicitada à Polícia Civil sob a suspeita de fraude processual, e é conduzida pelo 30º Distrito Policial (DP), Tatuapé. As suspeitas começaram depois que testemunhas, ouvidas pela Justiça na última sexta-feira, dia 28 de junho, afirmaram durante a audiência de instrução do caso que os familiares de Fernando retiraram garrafas de vidro de dentro do carro após o acidente e antes da chegada da perícia ao local.

Apesar da informação sobre as garrafas, as testemunhas não souberam informar sobre serem garrafas de bebidas alcóolicas e se estavam cheias ou vazias. No entanto, a informação bastou para que o Ministério Público solicitasse um novo inquérito para averiguar a possibilidade de fraude processual.

Os parentes não comentaram sobre o assunto

Imagens captadas pelas câmeras corporais dos agentes da Polícia Militar que atenderam à ocorrência e filmagens feitas por testemunhas mostram que a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, e o tio dele, Marcelo Sastre de Andrade, estavam no local do acidente.

Conforme a lei, a fraude processual ocorre quando alguma pessoa toma atitudes para induzir a polícia, a perícia ou a Justiça a cometer um erro de avaliação em alguma investigação, inquérito ou processo. Caso a alteração na cena do acidente seja comprovada, os parentes de Fernando Filho podem ser responsabilizados pelo crime.

Caso as garrafas realmente estivessem dentro do Porsche, elas não poderiam ser retiradas do local e deveriam ter sido analisadas e periciadas pelos policiais e peritos que atenderam ao caso.

Em declaração ao G1, o escritório dos advogados Jonas Marzagão, Elizeu Soares e João Victor, que defendem os interesses de Fernando, afirmaram que a defesa desconhece o inquérito em questão e que não irão se manifestar sobre o caso em respeito ao segredo de Justiça.

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