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Conteúdo de cartas enviadas pelo ‘Vampiro de Niterói’ à psicóloga é revelado

Marcelo Costa de Andrade enviou cartas para a psicóloga que trabalhou no hospital penitenciário onde ele está encarcerado.

Marcelo Costa de Andrade, o Vampiro de Niterói, foi preso em 1991.
Marcelo Costa de Andrade, o Vampiro de Niterói, foi preso em 1991. (Reprodução)

O serial killer Marcelo Costa de Andrade, conhecido como Vampiro de Niterói, foi responsável pela morte de 13 meninos com idades entre 6 e 13 anos nos anos de 1990. Conforme publicado pelo O Globo, após sua prisão e condenação ele foi internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo, no Rio de Janeiro. No local, ele trabalha na faxina da casa penal e se comunica por meio de cartas com pessoas de fora do hospital.

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Segundo a publicação, uma das pessoas para quem o assassino confesso escreveu cartas foi a psicóloga Solange Diniz de Carvalho, que em 2008 era estudante de psicologia e pediu para estagiar no hospital psiquiátrico em questão para acompanhar de perto o caso do assassino. Moradora de Niterói, Solange descobriu que os crimes foram cometidos nas proximidades de sua casa.

Após se formar, Solange seguiu trabalhando no local e relata que certa vez foi abordada por Marcelo, que a cumprimentou rapidamente com um aperto de mão e se apaixonou na pela psicóloga, passando a enviar cartas a ela. Em declaração à reportagem do O Globo, a psicóloga ditou o conteúdo das cartas.

⚠️⚠️ Atenção! O texto pode conter conteúdo sensível para algumas pessoas!!!⚠️⚠️

De pedidos para ir à Igreja a textos de conotação sexual

Na primeira carta enviada por Marcelo, ele pede que Solange procure acompanhar a programação da rádio da Igreja Pentecostal Deus é Amor. Segundo as palavras do assassino confesso, ela deveria frequentar as reuniões da Igreja em questão para ser abençoada. Ele ainda pede que a psicóloga retorne a carta.

“Solange, gostaria muito que você escrevesse uma carta para mim. Ficarei muito contente em receber sua correspondência. Por favor, me mande seu endereço completo com o CEP, para que eu possa responder e mantermos contato”.

Finalizando o texto, o homem ainda avisa que ela não precisará “sentir medo ou vergonha dele” e que isso ficará claro caso ela comece a frequentar as reuniões da Igreja.

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Apesar do conteúdo da carta, a psicóloga conta que não respondeu o texto, mas também não comunicou o recebimento da carta aos superiores. No entanto, afirma ter ficado claro que ele a estava admirando no momento em que a cumprimentou.

Dias depois, o preso a viu novamente e a questionou de forma agressiva sobre a falta de resposta à sua carta. Ao que ela afirmou que não poderia se corresponder com ele. No entanto, a resposta não inibiu o criminoso que voltou a escrever para ela.

Em uma segunda carta, ele relatou desejos de envolver amorosamente com a psicóloga e afirmou que a levaria para jantar caso estivesse em liberdade. Na terceira, e última carta, Marcelo conta detalhes dos assassinatos e de sua biografia, além de tentar justificar os crimes cometidos. Ele também pede que, caso a psicóloga deixe a unidade de tratamento, faça uma “carteirinha de visitante” para vê-lo aos finais de semana.

A história por trás dos crimes

Segundo depoimento citado pela reportagem, Marcelo relata que o desejo de matar começou após um culto evangélico no qual o pastor teria dito que quando a criança morre ela vai direto ao céu, pois sua alma ainda é pura, o que deixa de acontecer a partir dos 14 anos.

Ele então entendeu que deveria matar os meninos da rua o quanto antes para evitar que eles fossem para o inferno. Desta forma, ele confessou a morte de 13 crianças com idades entre 6 e 13 anos, entre os meses de abril e dezembro de 1991. O “apelido” de Vampiro veio após ele confessar ter bebido o sangue de suas vítimas.

A prisão do assassino foi feita depois que ele decidiu atacar dois irmãos, matando o mais novo e poupando a vida do mais velho, que relatou o ocorrido à mãe e posteriormente identificou Marcelo.

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