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Moraes critica demora da PF em relatório sobre Bolsonaro

O STF aguarda documento para prosseguir com as investigações

Ministro Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução
Ministro Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução

Não foi apenas o ex-presidente Jair Bolsonaro que se mostrou contrariado com as notícias sobre o indiciamento pela Polícia Federal (PF). O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, também expressou irritação, mas por um motivo diferente: a divulgação das informações antes do envio oficial do relatório ao seu gabinete. A PF justificou a demora devido a um problema técnico no envio por e-mail, causado pelo grande tamanho do arquivo. Enquanto a mídia já repercutia os indiciamentos por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, Moraes ainda não havia recebido o documento completo.

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Na noite de quinta-feira, o STF informou que, até aquele momento, os autos físicos e sigilosos do processo ainda estavam na PF, sem qualquer pedido ou relatório encaminhado ao Supremo. A entrega formal ao STF ocorreu apenas na tarde da sexta-feira seguinte, após Moraes ordenar o envio em formato físico e registrado no protocolo da Corte.

Atraso no relatório e implicações

A demora no envio do relatório das joias sauditas implica que qualquer decisão de Moraes, inclusive sobre levantar o sigilo ou compartilhar o documento com a defesa, só deverá ocorrer na próxima semana. Embora o ministro tenha indicado que pretende atuar rapidamente no caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) prefere evitar pressa para não ser acusada de atuação política.

Cabe à PGR decidir se apresenta denúncia contra Bolsonaro, que pode enfrentar penas de até 32 anos pelos crimes apontados pela PF. Se a denúncia for aceita pelo STF, uma ação penal será aberta, colocando Bolsonaro no banco dos réus. Dentro da cúpula do PL, partido do ex-presidente, a denúncia pela PGR é praticamente certa, com acusações de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na próxima semana, a PF espera concluir outra investigação ainda mais preocupante para o grupo de Bolsonaro: a trama golpista na antiga administração para impedir a posse de Lula.

Fonte: O Globo

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