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Dona de clínica que fez procedimento em influenciadora utilizava o CRM de outra médica

A médica Eny Aires desconhecia completamente o fato de que seu CRM estava sendo utilizado por outra pessoa.

Novas informações sobre o caso da morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, foram reveladas recentemente. Conforme reportagem do G1, Grazielly Barbosa, dona da clínica em que foi realizado o procedimento estético e responsável pela aplicação de PMMA nos glúteos da influenciadora, utilizava o CRM de outra médica em suas atividades profissionais.

A médica em questão é Eny Aires, que descobriu sobre o uso indevido de seu registro profissional enquanto cuidava de um paciente em estado grave em uma UPA de Goiânia. Em declaração, ela se mostra revoltada com situação e afirma nunca ter visto Grazielly.

“Eu estava na sala vermelha com um paciente grave, na UPA, de plantão. Não conheço a impostora e tampouco a vítima. Sinto muito pela vítima. Minha vida é salvar vidas mesmo colocando a minha em jogo”, declarou.

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Segundo a médica, ela soube sobre o caso da influenciadora após comentários feitos pelo marido, mas como não costuma acompanhar as notícias desconhecia os detalhes. Após descobrir que seu nome e registro profissional foram envolvidos no caso e modificados pela impostora, ela decidiu abrir um boletim de ocorrência contra Grazielly.

Prescrições feitas de forma errada

Em declaração ao G1, a médica que teve seu nome e registro médicos modificados e utilizados reforça que até mesmo a receita emitida pela impostora estava com a prescrição dos medicamentos feita de forma errada.

“Os remédios estavam prescritos de forma errada. Primeiro que não se escreve com caneta vermelha. Tudo estava horrível, toda prescrição dela estava errada. Era para matar mesmo, porque não tem nenhum princípio na medicina”.

Grazielly Barbosa foi presa e segue sendo investigada por uma série de crimes. Segundo a delegada Débora Melo, responsável pelo caso, a mulher é investigada por crimes contra as relações de consumo, ao mentir sobre sua qualificação profissional e induzir os pacientes a erro; por não explicar os riscos envolvendo a aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA); por exercício ilegal da medicina e execução de serviço de alta periculosidade.

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