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Médico preso após suspeita de perseguir a ex já foi detido por denúncia feita por outra mulher

Renato Hallak foi preso preventivamente após a audiência de custódia e segue detido em Goiânia. A defesa do médico afirmou que vai recorrer.

Renato Hallak foi preso preventivamente.
Renato Hallak foi preso preventivamente. (Reprodução)

O cirurgião plástico Renato Hallak foi preso sob suspeita de estupro, ameaça e perseguição a uma ex-companheira. Segundo publicação do G1, a prisão do médico aconteceu dentro de um hospital de Goiás na última sexta-feira, dia 5 de julho. Novas informações sobre o caso revelaram que ele já foi detido anteriormente após outra mulher fazer denúncias similares.

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Durante a audiência de custódia, o médico teve a prisão preventiva determinada pela Justiça. Ele foi encaminhado para a Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. Por sua vez, o caso foi encaminhado ao VII Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, cidade na qual os crimes teriam acontecido e onde a denúncia foi realizada pela mulher.

A defesa de Renato alegou que a prisão cautelar realizada em Goiás foi “inadequada e totalmente descabida”. Segundo Rodrigo Castanheira, advogado de defesa do médico, a equipe está trabalhando para que a prisão preventiva do médico seja revista pela Justiça, pois acredita que a decisão “se baseia somente na palavra da vítima em sede policial, onde seque foi oportunizado ao acusado apresentar sua versão dos fatos”.

Denúncia anterior e descumprimento de medida protetiva

Segundo a reportagem, as denúncias recentes não foram as primeiras realizadas contra o cirurgião plástico. Em entrevista, uma ex-namorada de Renato revela que foi agredida, abusada sexualmente e ameaçada após se recusar a fazer sexo com ele. Na época do ocorrido, os dois eram namorados.

Após conseguir escapar das agressões com ajuda de vizinhos, ela denunciou o médico e conseguiu uma medida protetiva contra ele, mas isso não foi o bastante para impedir que ele realizasse uma série de ameaças: “Ele ameaçou divulgar fotos íntimas minhas, me ligava loucamente sem identificador de chamadas e chegou a ir na porta da frente do lugar em que eu trabalhava”, conta.

Em 5 de outubro de 2020, ele foi preso preventivamente no Hospital Municipal Barata Ribeiro, mas liberado cinco dias depois com a determinação de ser monitorado pela Justiça.

Mesmo com a tornozeleira eletrônica ele teria continuado perseguindo a ex-namorada. Na Justiça do Rio, ele foi condenado por lesão corporal, injúria e por descumprir as medidas protetivas, no entanto a primeira condenação foi revertida depois que um desembargador alegou que nem todas as lesões citadas pela vítima foram comprovadas por meio do laudo médico.

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