Declarações feitas por Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas revelaram que o humorista e influenciador Nego Di chegou a debochar das vítimas afetadas pelos supostos golpes. Conforme publicado pelo G1, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa no último domingo (14) para falar sobre o assunto.
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Em declaração, Cristiano afirmou: “Há inclusive um vídeo em que Nego Di se manifesta de forma debochada brincando em relação as pessoas que não receberam os bens, enquanto se desloca em carro de luxo, uma Mercedes branca, conversível, chegando em seu restaurante”.
Apesar das declarações, a defesa do humorista não se pronunciou a respeito da fala do delegado. O influenciador segue preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A prisão fi feita na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina.
Entenda o caso
A prisão preventiva do humorista Nego Di foi decretada pela Justiça devido a uma investigação de estelionato realizada desde 2022 pela Polícia Civil. Ao menos 370 pessoas foram lesadas após adquirirem produtos em uma loja virtual de propriedade do influenciador. Os produtos em questão nunca foram entregues e as movimentações bancárias nas contas referentes à loja em questão ultrapassam o valo de R$5 milhões.
Além de Nego Di, Anderson Bonetti, seu sócio, também é suspeito de estelionato. Ele chegou a ser preso em 2023, mas foi solto dias depois. Agora, um novo mandado de prisão preventiva foi emitido e ele segue foragido.
A loja em questão, conhecida como “Tadizuera”, operou entre os dias 18 de março e 26 de julho de 2022. Ela foi retirada do ar após uma determinação da Justiça diante das diversas denúncias realizadas pelos clientes que foram lesados com as compras.
No entanto, esta não é a única investigação na qual o nome do humorista está envolvido. Ele também é investigado em uma operação contra lavagem de dinheiro, na qual a Justiça investiga irregularidades em sorteios virtuais divulgados pelo influenciador. Ele chegou a ofertar bilhetes de rifa para o suposto sorteio de uma Porsche, por 0,99 centavos.
A esposa de Nego Di, Gabriela Sousa, também foi presa durante a operação, mas pagou fiança de R$14 mil e foi liberada.