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Peeling de fenol: causa da morte de paciente é revelada após laudo do IML

O empresário Henrique Chagas morreu após realizar o procedimento de peeling de fenol na clínica de Natalia Becker em São Paulo.

Polícia Civil investiga o caso
Empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu após passar por 'peeling de fenol' em clínica, em São Paulo (Reprodução/Divulgação/ Marcelo Camargo)

Na tarde desta quarta-feira, dia 17 de julho, foi divulgado o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) da Polícia Técnico-Cientifica sobre a morte do empresário Henrique Chagas após ser submetido ao procedimento de peeling de fenol. Segundo a perícia, ele morreu devido a uma parada cardiorrespiratória causada por um “edema pulmonar agudo” após inalar fenol.

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Conforme reportagem do G1, Henrique foi submetido ao procedimento de peeling de fenol da clínica de Natalia Becker, em São Paulo. O caso da morte do homem ocorreu no mês de junho, sendo que o exame pericial foi finalizado nesta semana.

No dia 3 de junho o empresário passou pelo procedimento no Studio Natalia Becker, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. Segundo a perícia, Henrique teve um edema pulmonar agudo, quadro clínico que ocorre quando há acúmulo de líquido dentro dos pulmões. No caso do empresário, o edema teria sido provocado pela inalação de fenol.

O fenol é um produto químico utilizado para escamar a pele de forma profunda, fazendo com que ela adquira um certo grau de “rejuvenescimento”. O procedimento em questão é indicado para tratamentos de casos específicos e deve ser realizado por profissionais em ambiente hospitalar.

Lesões internas e edema agudo

Conforme o documento emitido pela perícia, foi revelado que vestígios de fenol foram encontrados na pele do paciente, confirmando as causas do problema pulmonar. Conforme texto assinado pelo médico responsável pelo exame pericial, a causa da morte foi descrita como: “Edema pulmonar agudo desencadeado por ação inalatória local do agente químico fenol”.

O exame também revelou a presença da substância química na análise do fragmento de pele e tecido utilizados para o exame. Henrique também teve lesões internas na boca, epiglote, laringe, tranqueia e pulmões, levando ao surgimento do edema por causarem “danos à função respiratória”.

Segundo o relatório, a “escarificação” causada pelo procedimento realizado no rosto do empresário pode ter facilitado a absorção do produto.

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