A Polícia Civil conseguiu desvendar o sumiço da jovem Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, que foi dada como desaparecida pelo marido, Paulo Antônio Eruelinton Bianchini, em Orizona, em Goiás. O homem procurou a corporação dizendo que a companheira desapareceu depois que ele a deixou na rodoviária da cidade, mas acabou preso. Ossadas foram encontradas em uma fazenda e a perícia comprovou que se trata da vítima.
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O desaparecimento de Dayara foi registrado na delegacia pelo próprio companheiro dela, no dia 25 de março deste ano. Na ocasião, Bianchini disse que a levou na rodoviária de Orizona, no último dia 10 de março, e que ela não tinha chegado ao destino e não tinha mais sido vista.
No entanto, foram encontradas contradições no depoimento do companheiro da vítima, que levaram ao questionamento sobre um possível crime de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
A prisão do homem foi decretada e, no último dia 24 de junho, a polícia tentou cumprir o mandado, mas os agentes não localizaram o homem no local de residência informado por ele. Desta forma, deu-se início a uma busca em quatro cidades do interior de Goiás. Somente no dia 1º de julho foi que o suspeito se entregou.
As investigações indicaram que Dayara esteve com o marido em uma fazenda, entre o final de fevereiro e o dia 10 de março, assim, foram realizadas buscas no local. Lá, uma ossada foi achada enterrada e enviada para perícia. Agora, o laudo comprovou que se trata da jovem.
Ao site G1, a defesa de Bianchini destacou que ele colabora com as investigações, mas que vai contestar as incoerências do inquérito policial, “as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima. O objetivo é comprovar em juízo a negativa de autoria do acusado.”
Diversas versões sobre o sumiço
Uma irmã de Dayara contou que, logo que a jovem sumiu, Bianchini contou aos familiares que a tinha deixado na rodoviária. Porém, na sequência, apontou outros locais onde ela teria ficado. Pressionado, ele chegou a bloquear as ligações dela e da mãe da vítima.
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O relacionamento do casal era conturbado, ainda conforme a irmã, e o marido era muito violento. Ele tinha muito ciúmes e, por conta disse, Dayara tinha se separado dele no fim do ano passado. Mas, após insistência do homem, eles reataram no início deste ano.
“Ele era possessivo, ciumento e estressado. Eles viviam brigando, ela vivia cheia de hematomas pelo corpo”, lamentou a irmã.
