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Gestão Tarcísio: PM de SP mata 71% a mais no primeiro semestre

Considerando apenas policiais em serviço número sobe para 92% em relação ao último ano

Policia Militar de São Paulo
Policia Militar de São Paulo (Governo do Estado de SP)

O número de mortes provocadas por policiais militares (PMs) em São Paulo cresceu 71% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Publica do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

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Os dados são do primeiro semestre deste ano, que mostram que em 2023 foram 201 mortes causadas por policiais em serviço. Já em 2024 foram 344 no mesmo período.

Considerando apenas agentes de serviço, o número sobe para 92%, com 296 mortes nos seis primeiros meses. Em 2023 foram 154.

Cidade de SP também aumento

Levando em consideração somente a cidade de São Paulo, os números de mortes também subiram.

De janeiro a junho deste ano foram 92 mortes provocadas por PMs, 70 por agentes em serviço. Em 2023 foram 73, com 49 em serviço.

Polícia Civil mata menos

Em contrapartida, as mortes provocadas por policiais civis caíram 33%, passando de 21 para 14 no primeiro semestre deste ano.

Somando as duas polícias, foram oficialmente 358 mortes causadas pela polícia no 1º semestre de 2024.

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Nota da Secretaria de Segurança Pública

São Paulo é o estado com as menores taxas de casos e vítimas de homicídios dolosos do país, sendo também o ente federativo com a menor taxa de mortes intencionais, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os dados mostram que os indicadores nacionais para casos e vítimas são 3,1 vezes maiores do que a média paulista, enquanto a taxa de mortes intencionais no Brasil é 2,9 vezes mais alta que a estadual.

Para reduzir a letalidade, a pasta investe continuamente na capacitação do efetivo, aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo e em políticas públicas. Além disso, os cursos ao efetivo são constantemente aprimorados e comissões direcionadas à análise dos procedimentos revisam e aprimoram os treinamentos, bem como as estruturas investigativas. É importante ressaltar que os casos de Morte Decorrente de Intervenção Policial – MDIP são consequência direta da reação violenta dos criminosos à ação das forças de segurança. Por determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), todos os casos do tipo são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das respectivas corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Suporte emocional: A Polícia Militar tem ampliado as iniciativas já existentes de suporte ao bem-estar e atendimento psicológico aos policiais militares da ativa por meio do seu Sistema de Saúde Mental (SISMen), que disponibiliza atendimento psicossocial no Centro de Atenção Psicológica e Social (CAPS), na capital, e também em 41 Núcleos de Atenção Psicossocial em todas as regiões do estado. Além disso, há o serviço de telepsicologia, com atendimento psicoemocional de policiais da ativa ou da reserva com agendamento e consultas online.

Por parte da Polícia Civil, no Departamento de Administração e Planejamento (DAP), há uma Divisão de Prevenção e Apoio Assistencial, na qual psicólogos e assistentes sociais ficam disponíveis para atender seus policiais. A SSP também realiza periodicamente seminários, palestras e aulas, e disponibiliza cartilhas nas academias que buscam levar aos profissionais informações de caráter preventivo.

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