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Advogada presa por racismo em lanchonete de São Paulo está solta

A Justiça determinou que Fabiane fique 300m longe das vítimas e da lanchonete

A Justiça de São Paulo decidiu soltar a advogada Fabiane Marques, de 47 anos, que foi acusada de xingar um funcionário negro de “macaco sujo”. Acusada de racismo e agressão, ela foi autuada em flagrante por embriaguez ao volante.

A mulher responderá pelos crimes de injúria racial e embriaguez ao volante em liberdade, mas terá de cumprir medidas cautelares, como ficar 300 metros distante das cinco vítimas e do restaurante localizado no bairro de Moema, zona sul de São Paulo.

Segundo o G1, a Justiça determinou que Fabiane terá que comparecer mensalmente ao fórum para informar sobre suas atividades profissionais e manter seu endereço atualizado.

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Veja o vídeo abaixo divulgado pela “GloboNews”.

Voto de confiança

Após ouvir o advogado de defesa de Fabiane, que alegou o fato dela ser “primária”, o juiz Antonio Balthazar de Matos apontou que estava dando um “voto de confiança”.  para que ela respondesse todas as acusações em liberdade.

O caso

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (25), em uma unidade do Burguer King. Pablo Ramon da Silva Ferreira, de 25 anos, que é supervisor da lanchonete, contou à TV Globo que a mulher chegou alterada no local exigindo que fosse atendida com rapidez. O rapaz disse que explicou que o local enfrentava alguns problemas técnicos, quando ela passou a gritar, discutir com atendentes e chegou a entrar no balcão, empurrando outra funcionária.

A mulher foi, então, para o carro, quando teria chamado o rapaz de “preto”. Ele a seguiu até o lado de fora e questionou sobre o que ela disse, quando ela teria feito as ofensas raciais. “Aí já no carro, ela gesticulou novamente e me chamou de ‘macaco’ e ‘macaco sujo’. Aí eu me revoltei. Eu não ia agredi-la, mas foi aí que eu desferi um soco no retrovisor do carro”, relatou Pablo.

A Polícia Militar foi acionada e, no local, encontrou Fabiane “visivelmente alterada e com sinais de embriaguez”. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a mulher não aceitou fazer o teste do bafômetro no local.

“A mesma se recusou a fazer exame do etilômetro e foi encaminhada ao IML [Instituto Médico Legal] para a realização de exame de constatação de embriaguez”, ressaltou a pasta.

Após o exame no IML, a advogada foi levada ao 27º Distrito Policial de Campo Belo, onde o caso foi registrado como embriaguez ao volante e injúria racial, sendo que esse último crime é inafiançável e imprescritível. A mulher deve passar por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (26).

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