A denúncia do Ministério Público por tráfico de drogas contra a mãe, o irmão e o ex-namorado de Djidja Cardoso foi aceita pela Justiça do Amazonas. Além de Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso e Bruno Roberto da Silva, outras sete pessoas se tornaram réus pelo crime.
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A decisão foi tomada pelo juiz Celso de Paula, titular da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute), que também negou o pedido de relaxamento da prisão, que foi apresentado pela defesa.
Ao todo, 10 pessoas são acusadas, mas quatro respondem o processo em liberdade, enquanto outros seis estão presos.
Além da denúncia por tráfico de drogas, o MP pode apontar outros crimes, como curandeirismo, estupro de vulnerável e organização criminosa.
Os denunciados
Além dos três, os funcionários de um salão de beleza da família, um professor de academia, clínicas veterinárias e um médico veterinário são alvos do processo e seguem sob investigação. A cetamina era adquirida por eles sem receita médica em clínicas veterinárias e utilizada pelos integrantes da seita “Pai, Mãe, Vida”, fundada pela família de Djidja.
A seita em questão realizava rituais nos quais a cetamina era utilizada de forma indiscriminada. Além disso, as investigações também revelaram que algumas pessoas foram vítimas de violência sexual nos dois anos em que a seita funcionava.
Segundo o Ministério Público, a denúncia tem como base as “constantes transações envolvendo o tráfico de cetamina, a apreensão do material entorpecente, os vídeos e fotos indicando a distribuição indiscriminada de seringas do remédio”.
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Djidja sofreu edema cerebral
Um laudo preliminar revelou que a empresária sofreu um edema cerebral, que afetou o funcionamento dos pulmões e coração.
“O laudo preliminar aponta morte por depressão respiratória, que é justamente um dos efeitos da droga”, explicou o delegado Cícero Túlio em entrevista ao jornal “O Globo”. Ele citou a semelhança com o diagnóstico do ator da série “Friends”, Matthew Perry, que morreu pelo uso da cetamina.