Foco

Nipah: entenda como age o vírus com alto poder epidêmico que matou jovem indiano

Autoridades locais revelaram que mais de 200 pessoas tiveram contato com a vítima e estão sendo monitoradas.

Nipah: saiba mais sobre o vírus que matou adolescente indiano e pode causar uma pandemia
Nipah: saiba mais sobre o vírus que matou adolescente indiano e pode causar uma pandemia Imagem: Pexels/Satheesh Sankaran

Um adolescente indiano de 14 anos morreu após ter sido infectado pelo vírus Nipah, um vírus mortal que tem como alvo o cérebro. Conforme publicado pelo G1, o jovem faleceu apenas um dia depois de ter contato com a doença, que apresenta alto potencial epidêmico.

ANÚNCIO

Em classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus Nipah é classificado como prioritário devido ao seu alto potencial para desencadear uma pandemia. A situação fica ainda mais complexa uma vez que não existem vacinas para prevenir a infecção pelo Nipah, bem como tratamentos para curar o infectado.

Ao todo, mais de 200 pessoas tiveram contato com o menino infectado e apresentam risco de infecção. Destas, 60 pessoas estão na lista de alto risco, preocupando ainda mais as autoridades locais.

A morte do adolescente foi registrada no estado de Kerala e colocou as autoridades em alerta. Prontamente os moradores da região foram orientados a utilizar máscaras para proteção.

Como ocorre a transmissão do vírus?

Conforme a publicação, a transmissão do Nipah é feita por meio de animais como porcos e morcegos frugívoros. Ele também pode ser transmitido por alimentos contaminados e pelo contato com pessoas contaminadas.

Assim que entra no corpo humano, o vírus afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central, mas nem todos os infectados apresentam sintomas visíveis. Quando os sintomas são aparentes, as pessoas podem apresentar sintomas semelhantes com os de uma gripe, incluindo febre, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tontura além de dificuldades respiratórias. Outro sintoma é a encefalite, que pode causar confusão, desorientação, sonolência e problemas neurológicos como convulsões.

Em casos de progressão rápida, há risco de coma e morte, sendo que os sobreviventes podem ficar com sequelas neurológicas de longo prazo. Desta forma, a taxa de mortalidade do vírus é considerada alta, chegando a 70%, e o tratamento se resume ao controle dos sintomas e cuidados de suporte.

O primeiro registro do vírus é datado de 1999, na Malásia, sendo que em ocasiões posteriores ele foi registrado em Bangladesh (2001) e na Índia (2018). Conforme a OMS, outras regiões também podem ter risco de infecção, entre elas Camboja, Gana, Indon’;esia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias