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Laudo contratado pela defesa de dono de Porsche afirma que ele não estava bêbado

Os peritos contratados por Fernando Sastre Filho afirmaram que ele estava desorientado devido ao impacto causado pelo acidente com seu Porsche.

Ele teve o pedido de liberdade negado pelo STJ
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, virou réu por acidente de matou motorista de app e feriu amigo, em SP (Reprodução/TV Globo)

Os peritos contratados pela defesa do empresário Fernando Sastre Filho, motorista do Porsche envolvido no acidente que tirou a vida de um motorista de aplicativo em 31 de março, apresentaram à Justiça um laudo pericial que tenta comprovar que o rapaz não estava sob influência de álcool no momento do acidente. Conforme publicado pelo portal Metrópoles, Sastre Filho é réu por homicídio doloso com dolo eventual e lesão corporal gravíssima.

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Preso preventivamente na penitenciária 2 de Tremembé, também conhecida como “a cadeia dos famosos”, o empresário deverá ser interrogado novamente pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Funda. O interrogatório está previsto para a tarde de hoje (2).

O documento apresentado pelos defensores do jovem foi elaborado por profissionais do instituto Vida Mental Perícias, e propõe uma “avaliação clínica e forense retrospectiva, acerca de elementos que esclareçam científica, metodológica e tecnicamente a presença ou ausência de embriaguez no momento do acidente”.

O laudo em questão possui mais de 100 páginas e é baseado em entrevistas realizadas com Sastre Filho em abril, além de imagens de câmeras de monitoramento e câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência. Segundo o documento, a desorientação do motorista aconteceu devido ao impacto causado pela colisão, e não pelo consumo de bebida alcóolica.

Consumo de álcool não comprovado

Segundo o laudo pericial contratado pela defesa do motorista, os técnicos afirmaram que o relatório de investigação não possui a confirmação do consumo de bebidas alcóolicas, apenas sugere que ele aconteceu com base em imagens.

Analisando as filmagens do primeiro estabelecimento em que o rapaz esteve antes do acidente, os peritos alegam que não é possível confirmar que o copo dele continha algum tipo de bebida alcóolica. Não existem registros de imagem do segundo estabelecimento em que ele esteve antes do acidente.

Já quanto as imagens das câmeras corporais dos policiais, os peritos alegam que ele apresentou desorientação por conta do acidente, e não traços de embriaguez. O mesmo também seria responsável por causar a “dificuldade de memória”.

Por fim, o laudo ainda reforça que as testemunhas poderiam ter sido “induzidas a afirmar que o empresário consumiu bebida alcóolica”, e alega que não existem provas objetivas de que Sastre Filho estava alcoolizado no momento do acidente.

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