Os sete acusados pelo sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e da amiga dele, Taís Alcântara de Oliveira, em dezembro do ano passado, estão com julgamento marcado para esta sexta-feira (2), na 2ª Vara Criminal do Fórum de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Cinco deles, que são dois homens e três mulheres, estão presos e outros dois ainda são procurados pela polícia, mas serão julgados à revelia.
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A audiência de instrução, prevista para começar às 13h30, será virtual e presidida pelo juiz Sérgio Cedano. Ela prevê a oitiva das vítimas, de testemunhas, além do interrogatório dos réus e falas de suas defesas e da acusação. Após a análise de todos os fatos, o magistrado definirá a pena a ser aplicada.
Os cinco réus que seguem presos são Eliane de Amorim, de 30 anos, Thauannata dos Santos, de 18, Wadson Fernandes Santos, de 29, Jones Santos Ferreira, de 37, e Caio Pereira da Silva. Segundo a investigação policial, essa parte da quadrilha era responsável pelo cativeiro e por fornecer contas bancárias para recebimento do dinheiro do resgate.
Ainda são procurados Matheus Eduardo Candido Costa e Camily Novais da Silva. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas ainda não foram encontrados.
O grupo foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por diversos crimes, entre eles associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
O caso continua em investigação pela Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil. Para a corporação, ao menos 10 pessoas participaram do sequestro. No entanto, a Justiça não decretou a prisão de três delas por falta de provas.
Relembre o caso
Marcelinho Carioca desapareceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando saiu do estádio Itaquerão após o show do cantor Thiaguinho. No dia seguinte, a Polícia Militar encontrou o carro dele abandonado em Itaquaquecetuba, que fica na Região Metropolitana da Capital.
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O caso passou a ser apurado e a DAS foi acionada para ajudar nas investigações. Nesse meio tempo, o ex-jogador apareceu em um vídeo, ao lado da amiga, no qual disse que tinha se envolvido com uma mulher casada. Ela também confirmou a versão dele na gravação.
Porém, horas depois, Marcelinho e a mulher foram encontrados onde eram mantidos reféns pela Polícia Militar. Na delegacia, ele disse que os sequestradores queriam dinheiro. “Eles pediram a senha do meu telefone. E aí você pensa nos seus filhos, na sua família”, disse ele. “Não é fácil você ter um revólver apontado para você a todo momento”, acrescentou.
Ele acredita que não foi reconhecido de forma imediata pelos sequestradores. “O carro era filmado. Provavelmente eles não sabiam [quem eu era]. Eles viram um carro daquele porte, próximo da comunidade e chegaram para me abordar”, disse.
O ex-jogador e ídolo do Corinthians chorou ao relembrar que foi mantido refém e negou que tivesse qualquer relação amorosa com a amiga. Ele ressaltou que teria sido forçado pelos sequestradores a fazer tal afirmação. Ele ainda criticou a cobertura da imprensa, dizendo que muitas inverdades foram publicadas.
Depois da soltura, a amiga também gravou um vídeo, ao lado do ex-marido, garantido que não tinha nenhum relacionamento amoroso com o ex-jogador. “Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo. Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua ainda casados no papel”, explicou Tais, em entrevista ao site G1.