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Queda de avião em Vinhedo: o que causou o acidente? Veja hipóteses dos especialistas

Empresa retificou neste sábado o número de passageiros. foram 62 mortos

Operação de resgate segue em andamento
Avião que levava 62 pessoas a bordo pegou fogo após cair em condomínio residencial em Vinhedo, no interior de SP (Reprodução/ X (Twitter))

Ainda há muito o que esclarecer sobre a queda do avião turboélice da empresa Voepass que caiu nesta sexta-feira em Vinhedo, no interior de São Paulo , com 62 pessoas a bordo. Todos morreram na queda.

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As imagens veiculadas nas redes mostram a aeronave caindo na vertical, em parafuso, mostrando que a aeronave não tinha mais sustentação das asas. Para aumentar o mistério, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já adiantou que os pilotos não tentaram contato com a torre de controle para informar qualquer falha ou problema técnico, indicando que tudo foi muito rápido.

Em uma coisa os especialistas em aeronáutica concordam: não existe um único fator capaz de derrubar um avião desse jeito. Uma das hipóteses investigadas é que houve formação de gelo sobre as asas. Segundo relatos de pilotos que fazem a rota, havia condições meteorológicas para formação severa de gelo e vento e o acúmulo sobre as asas pode derrubar uma aeronave.

Ocorre que o modelo turboélice ATR-72-500 foi criado para voar na altitude onde é comum a formação de gelo e possui equipamentos para evitar o acúmulo sobre as asas e até mesmo quebrar o gelo formado sobre as asas, não configurando um impedimento para o voo.

Especialistas levantaram a possibilidade do equipamento ter falhado e cristais de gelo terem acumulado e afetado a capacidade de sustentação das asas. A hipótese do gelo se baseia nas imagens de queda, que mostra o avião em estol, ou seja, queda em parafuso, quando a aeronave perde totalmente a sustentação nas asas e cai na vertical.

De qualquer forma, esse modelo de avião possui caixas-pretas de voz e de dados de voo e o Cenipa já recuperou esses equipamentos e os investigadores acreditam que terão acesso às informações da temperatura externa no momento da queda e do funcionamento dos equipamentos para chegar a uma conclusão sobre o acidente.

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