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Pressentimento e portão errado: as histórias dos passageiros que não embarcaram no voo da VoePass

Atraso no Uber, portão de embarque errado e pressentimento marcaram o desabafo dos passageiros que não conseguiram embarcar no ATR-72 da VoePass.

62 pessoas morreram no acidente aéreo
Médica Juliana Chiumento e seu pai, Altermir, que a salvou de voar em avião que caiu, em Vinhedo (Reprodução/RPC)

A queda de um avião de passageiros na última sexta-feira, dia 09 de agosto, em Valinhos (SP), segue repleta de relatos emocionantes. O avião, que saiu de Cascavel (PR) e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), caiu em um condomínio fechado, deixando mortos os 62 ocupantes da aeronave. Conforme publicado pelo Fantástico, outros passageiros deveriam embarcar na aeronave, mas por motivos diversos acabaram perdendo o voo.

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Pressentimento

A médica Juliana Chiumento foi uma das passageiras que não embarcou na aeronave. Segundo seu relato, ela se preparava para embarcar no avião enquanto conversava com o pai, que pediu a ela que não embarcasse na aeronave. Ela tinha como destino final o Rio de Janeiro, depois de passar férias com o pai no sul.

“De última hora, conversando com meu pai, ele me mandou um áudio falando: ‘filha, não embarca na sexta’”, conta a médica que revela ter se emocionado ao saber do acidente. Para Altemir, pai de Juliana, foi um pressentimento que tirou a filha do avião: “Acho que eu tive um pressentimento, né? Aí ela conseguiu remarcar para sábado e tá aqui hoje, minha princesa”.

Funcionários impediram embarque

José Felipe foi outro dos passageiros que não conseguiu embarcar na aeronave com destino à Guarulhos que nunca fez seu pouso no aeroporto internacional. Ele tentava voltar para casa antes do Dia dos Pais, mas se confundiu com o portão de embarque. O rapaz comprou a passagem pela Latam, mas não percebeu que o voo seria operado pela VoePass, o que fez com que ele e seus amigos chegassem ao guichê de embarque correto após o fechamento do portão.

“Tentei conversar com o balconista para ele colocar eu e meus amigos no avião”, conta o rapaz que revela ter se sentido aliviado ao saber o que ocorreu com o avião: “Eu ouvi falando que tinha caído um avião que tinha saído de Cascavel rumo a São Paulo. Eu já pesquisei logo para ver se era de Guarulhos, que era o mesmo avião que eu ia embarcar. Aí veio uma reação de alívio”.

O rapaz ainda conta que ligou para a família para avisar que estava bem e que não estava na aeronave, e se reencontrou com todos assim que desembarcou do ônibus que o levou no trajeto de volta.

Confusão no portão de embarque

Adriano é outro dos passageiros que deveria estar no avião da VoePass. Ele também se confundiu com o portão de embarque da aeronave e foi impedido de entrar no avião por funcionários da empresa. Ele retornava para o Rio de Janeiro, onde mora com a família.

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Assim como José Felipe e os amigos, ele foi até o portão da Latam e demorou a perceber que estava no local de embarque errado. “Eu até tentei dar uma forçada de barra, tentar passar pelo embarque, mostrar só o cartão, mas o pessoal disse que sem o cartão não conseguiria embarcar”.

“Eu me abracei no balcão do aeroporto ali, agradeci a Deus naquele momento, e depois, na mesma hora, liguei para minha filha... Ela é a razão da minha existência e eu tô doido para abraçar ela”, conta Adriano, que reencontrou a filha no Rio de Janeiro.

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