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Queda de avião em Vinhedo: 35 das 62 vítimas são identificadas; 17 já foram liberadas para as famílias

Peritos da Aeronáutica iniciaram as análises dos motores da aeronave da Voepass; polícias Federal e Civil também realizam investigações

A força-tarefa montada no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificou 35 das 62 vítimas do acidente aéreo em Vinhedo, no interior paulista, até a manhã desta terça-feira (13). Destas, já 17 foram liberadas para suas respectivas famílias para as cerimônias de despedida. Os outros 18 reconhecidos ainda aguardam documentação complementar para a devida liberação.

Conforme o diretor do IML, Vladmir Alves dos Reis, todas as vítimas morreram de politraumatismo. Algumas delas tiveram os corpos carbonizados na sequência, já que houve uma explosão e a aeronave ficou em chamas.

“Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, afirmou o diretor do IML, Vladmir Alves dos Reis, ao site G1.

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Conforme o diretor, as mortes ocorreram antes da aeronave pegar fogo. “As queimaduras que terminaram com a carbonização de alguns corpos foram secundárias ao politraumatismo”, explicou.

Todos os 62 mortos já passaram por exames de identificação como análise de digitais, radiografias, exames odontológicos de arcadas dentárias, tatuagens, entre outros pontos.

Apesar disso, os reconhecimentos de todos os corpos ainda não têm prazo para terminar e os familiares dos mortos foram acolhidos em um hotel na capital paulista.

Vítimas do Paraná

A Força Aérea Brasileira (FAB) começa hoje a fazer o traslado dos restos mortais de vítimas da tragédia que moravam no Paraná. Os corpos liberados deverão ser transportados pelo avião KC-390 Millennium até a cidade de Cascavel.

A prefeitura municipal, inclusive, se preparou para realizar um velório coletivo das vítimas. No entanto, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, das 27 vítimas que moravam em cidades paranaenses, os parentes de 11 decidiram realizar os velórios e enterros em locais privados e os demais ainda não se decidiram a respeito das cerimônias.

Investigação

Peritos da Aeronáutica iniciaram nesta manhã a analisar os motores do avião da Voepass, a antiga Passaredo. Além disso, foi solicitado à companhia o histórico de problemas da aeronave.

Ex-funcionários criticaram as manutenções das aeronaves, sendo que até um palito foi usado em uma ocasião para reparar um botão que aciona o sistema antigelo. Além disso, falaram sobre “danos estruturais” sofridos pela aeronave que caiu, que a fizeram passar quatro meses sem operar neste ano.

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A caixa-preta da aeronave é analisada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), porém, gravava menos informações do que prevê a legislação brasileira. No entanto, a empresa tinha obtido uma licença temporária junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que oito tipo de informações deixassem de ser registradas. Apesar disso, as autoridades dizem que os dados existentes foram captados com sucesso.

A Polícia Civil e a Polícia Federal também instauraram inquéritos para apurar as responsabilidades sobre o acidente aéreo.

Procurada, a companhia aérea disse que informações relacionadas à investigação serão restritas à Aeronáutica e outras autoridades. A empresa não deu detalhes sobre as falhas registradas antes da queda.

A Voepass ressaltou que o esforço principal da companhia, neste momento de dor, está em apoiar e dar assistência às famílias dos passageiros e tripulantes que estavam a bordo.

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O acidente aéreo

O avião bimotor, modelo ATR-72, saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h50 da última sexta-feira (9), com destino a Guarulhos, na Grande São Paulo, onde pousaria às 13h45. A capacidade é de 68 passageiros, mas 62 pessoas estavam a bordo, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

Porém, o avião caiu no quintal de uma residência, que fica em um condomínio residencial de Valinhos, mas nenhuma vítima foi registrada em solo.

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Moradores conseguiram registrar o exato momento em que a aeronave rodava no ar e caiu. Na sequência, o avião pegou fogo e nenhum do ocupantes sobreviveu (assista abaixo):

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