O comandante José Luiz Felício Filho, presidente da companhia aérea Voepass, falou pela primeira vez após o acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo. Em um vídeo, ele prestou solidariedade às famílias das vítimas e ressaltou que os cuidados com as vidas dos passageiros e tripulantes “sempre foi e continuará sendo prioridade número um”. Além disso, reforçou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança.
Veja o vídeo abaixo:
“Quero começar expressando mais uma vez toda a minha solidariedade às pessoas que estão sofrendo neste momento de profunda dor (...) Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas. Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam nosso efetivo apoio neste momento”, disse o comandante.
Ele ressaltou que a companhia presta todo o apoio aos familiares das vítimas, como os custos de transporte, hospedagem, alimentação, translado, além de apoio psicológico e todas as despesas necessárias para as pessoas afetadas pelo acidente.
“Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam o nosso efetivo apoio neste momento. Isso inclui transporte, hospedagem, alimentação, translado e todas as despesas pelas quais nos responsabilizamos integralmente. O apoio emocional também é a nossa prioridade. Temos um grupo de psicólogos e médicos aqui no centro de acolhimento às famílias que montamos em São Paulo, além de psicólogos disponíveis em outros centros no país”, ressaltou José Luiz.
O comandante não falou sobre as denúncias de ex-funcionários e reclamações sobre precariedades em aviões da companhia, mas garantiu que a Voepass preza sempre pela segurança dos seus passageiros e tripulantes.
“Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de uma origem de transportadores e, desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, garantiu.
O acidente aéreo
O acidente aéreo ocorreu com um avião bimotor, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h50 da última sexta-feira (9), com destino a Guarulhos, na Grande São Paulo, onde pousaria às 13h45. A capacidade é de 68 passageiros, mas 62 pessoas estavam a bordo, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.
Porém, a aeronave caiu no quintal de uma residência, que fica em um condomínio residencial de Valinhos, mas nenhuma vítima foi registrada em solo.
Moradores conseguiram registrar o exato momento em que a aeronave rodava no ar e caiu. Na sequência, o avião pegou fogo e nenhum do ocupantes sobreviveu (assista abaixo):
Uma força-tarefa montada no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificou 45 das 62 vítimas do acidente aéreo em Vinhedo até a manhã desta quarta-feira (14). Destas, já 27 foram liberadas para suas respectivas famílias para as cerimônias de despedida. Os outros 18 reconhecidos ainda aguardam documentação complementar para a devida liberação.
Conforme o diretor do IML, Vladmir Alves dos Reis, todas as vítimas morreram de politraumatismo. Algumas delas tiveram os corpos carbonizados na sequência, já que houve uma explosão e a aeronave ficou em chamas.
A Polícia Civil, a Polícia Federal e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investigam as causas do acidente. As caixas pretas da aeronave foram retiradas e encaminhadas para análise em Brasília, assim como a Aeronáutica já analisa os motores do avião.