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IML já identificou 60 das 62 vítimas do acidente aéreo em SP; saiba como andam as investigações

Força-tarefa aguarda documentações de duas vítimas para reconhecimento; 30 corpos já foram liberados

Causas do acidente aéreo ainda são apuradas
Avião da Voepass caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e os 62 ocupantes não sobreviveram

A força-tarefa montada no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo já identificou 60 das 62 vítimas do acidente aéreo ocorrido em Vinhedo, no interior paulista. Os peritos aguardam documentações das últimas duas para o devido reconhecimento, sendo que os corpos de 30 pessoas já foram liberados para suas famílias. As investigações sobre a queda do avião da Voepass continuam e as polícias Federal e Civil apuram as possíveis responsabilidades no caso (veja mais detalhes abaixo).

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De acordo com o IML, a maioria das vítimas foi identificada por meio de coleta de digitais e reconhecimento por DNA. Mas também foram usadas radiografias, exames odontológicos de arcadas dentárias, tatuagens, entre outros pontos.

Conforme o diretor do IML, Vladmir Alves dos Reis, todas as vítimas morreram de politraumatismo. Algumas delas tiveram os corpos carbonizados na sequência, já que houve uma explosão e a aeronave ficou em chamas.

“Hoje, nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, afirmou o diretor do IML, Vladmir Alves dos Reis, ao site G1.

No total, 35 das 62 vítimas já foram identificadas
Corpos de Laiana Vasatta (da esquerda para direita), Danilo Romano, Sarah Langer, Daniela e Hiales Fodra, Adriano Bueno e Débora Ávila estão entre os já liberados (Reprodução/Redes sociais)

Como andam as investigações do acidente aéreo?

Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) fazem as análises da caixa-preta do avião, sendo que o relatório preliminar deve ser concluído em até 30 dias. Já o Instituto Nacional de Criminalísticas (INC) deve apresentar um laudo sobre o local da queda do avião, feito com base em escaneamento 3D, em até 90 dias.

Depois disso, em até um ano, os peritos do INC devem incluir na análise quais eram as condições da aeronave no momento da queda, quais os “fatores humanos” envolvidos, a cronologia do acidente e dados meteorológicos.

Enquanto isso, a Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar a possível responsabilidade criminal pelo acidente e aguarda o relatório do Cenipa e INC. Conforme fontes da corporações ouvidas pelo site “Metrópoles”, não estão descartadas as hipóteses de crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de cometê-lo, mesmo que não tenha tido a intenção.

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A PF analisa se a aeronave ATR-72 da VoePass, prefixo PS-VPB, estava com manutenção em dia e se todos os equipamentos necessários para o voo funcionavam corretamente. Ex-funcionários da companhia aérea já criticaram as manutenções das aeronaves, sendo que até um palito foi usado em uma ocasião para reparar um botão que aciona o sistema antigelo. Além disso, falaram sobre “danos estruturais” sofridos pela aeronave que caiu, que a fizeram passar quatro meses sem operar neste ano.

Já a Polícia Civil de São Paulo instaurou uma investigação, que vai seguir em sigilo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Delegacia de Vinhedo também apura as eventuais responsabilidades sobre o acidente aéreo.

O Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) explicou que não houve uma decisão decretando o sigilo e que isso ocorre porque, como a fase atual é de investigação e não de processo judicial, o andamento fica resguardado para garantir direito ao contraditório, caso os investigadores encontrem algum indício de irresponsabilidade.

O acidente aéreo

O avião bimotor, modelo ATR-72, saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h50 da última sexta-feira (9), com destino a Guarulhos, na Grande São Paulo, onde pousaria às 13h45. A capacidade é de 68 passageiros, mas 62 pessoas estavam a bordo, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

Porém, o avião caiu no quintal de uma residência, que fica em um condomínio residencial de Valinhos, mas nenhuma vítima foi registrada em solo.

Moradores conseguiram registrar o exato momento em que a aeronave rodava no ar e caiu. Na sequência, o avião pegou fogo e nenhum do ocupantes sobreviveu (assista abaixo):

Na terça-feira (13), o comandante José Luiz Felício Filho, presidente da companhia aérea Voepass, falou pela primeira vez após o acidente. Em um vídeo, ele prestou solidariedade às famílias das vítimas e ressaltou que os cuidados com as vidas dos passageiros e tripulantes “sempre foi e continuará sendo prioridade número um”. Além disso, reforçou que a empresa segue “as melhores práticas internacionais” de segurança.

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