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Novas fotos mostram como ficou avião da Voepass que caiu matando 62 pessoas, no interior de SP

Acidente aéreo ocorreu no último dia 9 em Vinhedo; investigação sobre as causas seguem em andamento

Ainda não há informações sobre vítima
Avião de passageiros da Voepass caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, matando 62 pessoas (Reprodução/ X (Twitter))

As causas do acidente aéreo com um avião da Voepass ocorrido em Vinhedo, no interior de São Paulo, que matou 62 pessoas, seguem em investigação. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), além das polícias Federal e Civil, buscam entender o que aconteceu e apurar eventuais responsabilidades. Fotos inéditas, publicadas pelo portal “Metrópoles”, mostram como a aeronave ficou destruída após a queda (veja abaixo):

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Causas do acidente ainda são apuradas
Avião da Voepass que caiu em condomínio residencial em Vinhedo, no interior de SP, matando 62 pessoas (Reprodução/Arquivo pessoal/Metrópoles)
62 pessoas morreram na tragédia
Imagem mostra destruição em aeronave da Voepass que caiu em Vinhedo, no interior de SP (Reprodução/Arquivo pessoal/Metrópoles)

O acidente aéreo com o avião ATR-72 da VoePass, prefixo PS-VPB, ocorreu no último dia 9, matando 62 pessoas. No total, 58 eram passageiros e quatro tripulantes. Além deles, uma cachorrinha que seguia com uma família venezuelana também morreu.

O avião bimotor saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h50, com destino a Guarulhos, na Grande São Paulo, onde pousaria às 13h45. No entanto, o avião caiu no quintal de uma residência, que fica em um condomínio residencial de Vinhedo, mas nenhuma vítima foi registrada em solo.

Moradores conseguiram registrar o exato momento em que a aeronave rodava no ar e caiu. Na sequência, o avião pegou fogo e nenhum do ocupantes sobreviveu (assista abaixo):

Investigação

Em outra reportagem, o “Metrópoles” destacou que o Cenipa fez uma atualização no documento sobre a apuração e incluiu a informação de que a “tripulação perdeu o controle”. Inicialmente, a publicação dizia apenas que “a aeronave perdeu altura subitamente e colidiu contra o solo”.

Na tarde de quinta-feira (15), o documento foi atualizado com a seguinte informação: “durante o voo em rota, a tripulação perdeu o controle da aeronave”.

Peritos do Cenipa, órgão da Força Aérea Brasileira, estiveram no local da queda do avião e passaram a analisar o conteúdo da caixa-preta da aeronave. O documento em questão é chamado de “ação inicial”, sendo que o relatório preliminar sobre as causas do acidente deve ficar pronto em 30 dias.

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Já o Instituto Nacional de Criminalísticas (INC) deve apresentar um laudo sobre o local da queda do avião, feito com base em escaneamento 3D, em até 90 dias. Depois disso, em até um ano, os peritos do órgão devem incluir na análise quais eram as condições da aeronave no momento da queda, quais os “fatores humanos” envolvidos, a cronologia do acidente e dados meteorológicos.

Enquanto isso, a Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar a possível responsabilidade criminal pelo acidente e aguarda o relatório do Cenipa e INC. Conforme a corporação, não estão descartadas as hipóteses de crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de cometê-lo, mesmo que não tenha tido a intenção.

A PF analisa se a aeronave ATR-72 da VoePass, prefixo PS-VPB, estava com manutenção em dia e se todos os equipamentos necessários para o voo funcionavam corretamente. Ex-funcionários da companhia aérea já criticaram as manutenções das aeronaves, sendo que até um palito foi usado em uma ocasião para reparar um botão que aciona o sistema antigelo. Além disso, falaram sobre “danos estruturais” sofridos pela aeronave que caiu, que a fizeram passar quatro meses sem operar neste ano.

Já a Polícia Civil de São Paulo instaurou uma investigação, que vai seguir em sigilo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Delegacia de Vinhedo também apura as eventuais responsabilidades sobre o acidente aéreo.

O Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) explicou que não houve uma decisão decretando o sigilo e que isso ocorre porque, como a fase atual é de investigação e não de processo judicial, o andamento fica resguardado para garantir direito ao contraditório, caso os investigadores encontrem algum indício de irresponsabilidade.

Vítimas

Na quinta-feira (15) a força-tarefa montada no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificou todas as 62 vítimas do acidente aéreo. Os restos mortais de uma cadela de pequeno porte, que pertencia a uma família de venezuelanos, também foram repassados aos parentes.

O diretor do IML, Vladmir Alves dos Reis, já tinha informado que todas as vítimas morreram de politraumatismo. Algumas delas tiveram os corpos carbonizados na sequência, já que houve uma explosão e a aeronave ficou em chamas.

No total, 35 das 62 vítimas já foram identificadas
Da esquerda para a direita: Laiana Vasatta, Danilo Romano, Sarah Langer, Daniela e Hiales Fodra, Adriano Bueno e Débora Ávila estão entre os mortos na tragédia (Reprodução/Redes sociais)

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