O empresário Edivan Ribeiro Santana, condenado a 28 anos de prisão pela morte de sua esposa, Kátia Cristina Lima dos Santos, de 32 anos, ocorrida em 2010, foi preso durante uma operação policial em Camacan, na Bahia. Ele estava foragido da Justiça desde junho passado e foi localizado pelos agentes na própria casa em que morava. O homem mantinha uma espécie de “bunker” improvisado no local.
ANÚNCIO
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o empresário construiu um espaço subterrâneo, que era acessado por um buraco no sofá da sala, onde se escondia das autoridades. Porém, na terça-feira (20), o local foi descoberto e desmontado pela operação policial.
Após a prisão, ele foi encaminhado para a delegacia de Itabuna, que fica na mesma região, e na sequência encaminhado ao Conjunto Penal do município.
Além da Polícia Federal, participaram da operação agentes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Ilhéus, com apoio da Rondesp Sul, da 62ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia (Coorpin).
Morta na frente dos filhos
Kátia foi assassinada dentro de um carro, enquanto estava com os três filhos, a mãe e uma tia, em frente à igreja que frequentava. Na época, dois homens foram presos pela execução da mulher, sendo que Ovídio Santos Sampaio pegou 30 anos de detenção e Reginaldo Amaral foi condenado a 28 anos. Ambos estão presos desde julho de 2014.
Mesmo identificando os executores do crime, a polícia sempre desconfiou do envolvimento de Edivan. A investigação apontava que ele encomendou a morte da mulher depois que ela descobriu uma traição, por parte dele. Assim, ela falava em separação e o homem não queria dividir os bens.
Edivan acabou julgado pelo crime e condenado, em julho de 2017, a 28 anos de prisão. A defesa dele recorreu e, somente em junho deste ano, a condenação transitou em julgado. Assim, a prisão do homem foi expedida e ele era procurado desde então.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do empresário para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.