O Ibama confirmou que o corpo do brigadista Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, foi encontrado carbonizado na região da Terra Indígena Capoto Jarina, no Parque Nacional do Xingu, a 692 km de Cuiabá, Mato Grosso. Conforme reportagem do G1, o brigadista foi dado como desaparecido na manhã do último domingo, dia 25 de agosto, por volta das 11 horas da manhã.
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Uellinton trabalhava no combate ao fogo no território indígena quando desapareceu. Somente na manhã desta segunda-feira, dia 26 de agosto, o corpo do brigadista foi localizado a aproximadamente 1km de uma linha de defesa contra o fogo.
Informações do Instituto Raoni revelaram que a situação na terra indígena vem se agravando ao longo dos últimos 10 dias. Atualmente, 42 brigadistas estão envolvidos no combate ao fogo na região, sendo metade deles indígenas que fazem parte de um projeto da região.
Pedido de ajuda
Apesar dos envolvidos no combate aos incêndios na região citada, o Instituto afirmou que a situação é extremamente complexa, e reforçou os pedidos de ajuda ao Ibama para que mais pessoas sejam enviadas para ajudar no combate aos incêndios.
Este ano o início do fogo começou antes do previsto, visto que o pico das queimadas na região é esperado para setembro, e não agosto.
Há três dias outra morte foi registrada nas proximidades, desta vez o funcionário de uma fazenda faleceu durante um incêndio que atingiu parte de um canavial próximo da BR-163, a 359 km de Cuiabá.
Informações da Polícia Civil revelaram que o homem era auxiliar em um caminhão-pipa que foi pego pelo fogo. Enquanto o motorista do veículo conseguiu fugir do local o homem, identificado como Paulo Henrique Pereira Souza, acabou sendo atingido pelas chamas.
No Pantanal, em Corumbá (MS), Edson Genovêz, de 32 anos, morreu no último dia 13 ao abrir um aceiro, um tipo de barreira natural contra incêndios que consumiam a fazenda na qual ele trabalhava. Ele também foi atingido pelo fogo, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.