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Incêndios florestais deixam cidades em alerta e rastro de destruição em São Paulo

Moradores de cidades próximas aos locais afetados pelo fogo relatam momentos de terror: “Não sabíamos se nossa cidade seria atingida”

Caminhões fogem do fogo em estrada de Ubarana.
Caminhões fogem do fogo em estrada de Ubarana. (Reprodução - WhatsApp)

Medo e incerteza. Estes são os principais sentimentos dos moradores dos municípios próximos aos incêndios florestais que atingiram o interior de São Paulo ao longo dos últimos dias. Apesar dos focos terem sido controlados nas últimas horas, os moradores das regiões atingidas ainda devem conviver por alguns dias com o medo e com o rastro de destruição causado pelo fogo.

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Em entrevista exclusiva ao Metro World News Brasil, a estudante Sofia Aparecida, moradora da cidade de José Bonifácio, interior de São Paulo, contou sobre os momentos de tensão vividos pelos moradores da cidade. “Toda a nossa região começou a pegar fogo do dia para a noite e não sabíamos se nossa cidade seria atingida. Sabíamos que a possibilidade era alta pois José Bonifácio é cercada por cana de açúcar”, relata a estudante.

Apesar do fogo não ter atingido o município em questão, a cidade vizinha, Ubarana, foi uma das mais afetadas pelos incêndios. Imagens impactantes que foram compartilhadas nas redes sociais mostraram moradores deixando suas casas devido à proximidade do fogo e até mesmo estradas fechadas pela intensidade das chamas. “Muitas famílias já perderam parentes para esse incêndio, donos de sítio perderam suas casas e seus animais”.

Segundo Sofia, quando o fogo começou, na última sexta-feira, as primeiras orientações aos moradores chegaram por meio das redes sociais das cidades diretamente afetadas pelos incêndios. Inicialmente, a orientação foi para que os moradores utilizassem máscaras por conta da grande quantidade de fumaça na região.

Feridos, mortos e alerta máximo

Apesar dos focos de incêndio terem sido extintos com sucesso. O rastro de destruição causado pelo fogo permanece. Conforme reportagem da Folha de São Paulo, a Defesa Civil confirmou a morte de duas pessoas, sendo que outras 66 ficaram feridas. De acordo com um boletim emitido pelo gabinete de crise nesta segunda-feira, dia 26, ao menos 60 pessoas foram hospitalizadas na região de Ribeirão Preto por conta da inalação de fumaça.

Ao menos 80 pessoas estão desalojadas em todo o estado por conta dos incêndios que consumiram 34.174 hectares de terras em 14 regiões. Apesar da extensão dos danos e da extinção dos focos de incêndio, 48 municípios do interior de São Paulo seguem em alerta máximo para queimadas.

Plano emergencial na área da saúde

Também por meio do boletim de crise, o governo do estado de São Paulo reforçou as ações de combate às queimadas e aos efeitos gerados na população. Em coletiva de imprensa, o governador Tarcísio de Freitas anunciou um plano emergencial com foco na área da saúde que deve ser adotado principalmente na região de Ribeirão Preto, uma das áreas mais críticas.

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A ação, tomada em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, prevê a ampliação dos serviços de telemedicina com foco na orientação das equipes de saúde. Para os casos mais graves, é indicado a busca pelo atendimento médico nos hospitais de referência da região.

Vale lembrar que foi declarada situação de emergência, por 180 dias, nas áreas de 45 municípios paulistas em decorrência dos incêndios florestais registrados entre os dias 4 e 24 de agosto. O decreto 68.805/2024 foi publicado na edição de sábado, 24, do Diário Oficial do Estado, conforme informações do portal de informações do governo de São Paulo.

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