Foco

Sobe para três o total de presos por incêndios criminosos em SP; governo estima prejuízos acima de R$ 1 bilhão

Governador Tarcísio de Freitas afirma que não há nenhum foco de fogo ativo nesta segunda-feira; polícias Civil e Federal investigam

Subiu para três o número de presos suspeitos por incêndios criminosos registrados em cidades do interior no fim de semana. As detenções ocorreram nos municípios de São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou, em entrevista à “GloboNews”, que nenhum foco de incêndio seguia ativo na manhã desta segunda-feira (26).

“Nós fizemos o reconhecimento agora pela manhã e os focos que remanesciam em Pedregulho, Paulo de Faria já foram extintos. Então, não tem nenhum foco ativo no estado de São Paulo”, garantiu o governador.

Para Tarcísio, o fogo se alastrou rapidamente nas cidades por conta da estiagem, altas temperaturas e ventos fortes. Ele estimou que os prejuízos com as ações criminosas passam de R$ 1 bilhão.

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“Nós tivemos uma combinação explosiva de fatores. Alta temperatura, ventos muito fortes e baixíssima humidade relativa do ar nesses últimos dias. Então qualquer coisa poderia causar uma ignição”, destacou.

Prisões

A primeira prisão ocorreu em São José do Rio Preto, no sábado (24), depois que um homem de 76 anos foi flagrado ateando fogo ao lixo em uma área de mata. Na mesma cidade, a polícia ainda procura por um motociclista, que apareceu em um vídeo ateando fogo em um terreno, sendo que depois as chamas se alastraram.

Já Alessandro foi preso pela Polícia Militar no domingo (25). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), uma equipe do 15º Batalhão foi acionada por moradores, que viram a ação do criminoso. O homem, inclusive, teria gravado um vídeo comemorando o incêndio e, ao ser detido, disse aos agentes que é integrante do PCC.

Com ele, foi apreendido um isqueiro e uma garrafa com gasolina. Ele foi levado à Delegacia Seccional de Franca, também no interior paulista, onde foi constado que já tinha antecedentes criminais por roubo, furto, homicídio e posse de drogas.

A terceira prisão ocorreu no domingo, em Porto Ferreira, onde um homem também foi flagrado ateando fogo em uma área de mata.

Apesar dos três casos semelhantes, o governo não acredita que houve uma ação coordenada. As polícias Civil e Federal instauraram inquéritos para apurar os incêndios.

Os detidos seguem à disposição da Justiça, sendo que as defesas deles não foram encontradas para comentar o assunto.

Cidades em alerta máximo

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Ao todo, 48 cidades paulistas seguem em alerta máximo por conta das queimadas. Conforme o governo, duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas desde a última sexta-feira (23).

Nos últimos dias, rodovias sofreram interdições totais ou parciais por conta do fogo. Também foi registrado um aumento na procura por atendimento médico de pessoas com problemas respiratórios.

Dados da Defesa Civil Estadual apontam que mais de 2,3 mil focos de incêndio foram registrados no interior paulista e apenas três dias.

Já o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que o estado registrou em agosto, até sábado, 3.480 focos de incêndio, um recorde histórico em relação aos meses de agosto desde 1998.

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Aulas suspensas

Nesta segunda-feira, algumas cidades tiveram as aulas suspensas em função dos danos gerados pelas queimadas. A medida ocorreu em cidades que ficam na região de Ribeirão Preto, a mais afetada pelo fogo nos últimos dias.

Municípios como Batatais, Brodowski, Pradópolis e São José da Bela Vista anunciaram a suspensão das aulas hoje, além de Ribeirão. Os prefeitos participaram de uma reunião no domingo, quando também falaram sobre a alta procura por atendimento médico nas unidades de saúde de pessoas com problemas respiratórios.

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